O deputado estadual Delegado Claudinei (PL) se manifestou sobre o reajuste salarial do governo de Mato Grosso aos servidores do Sistema Penitenciário, conforme o Projeto de Lei de nº 336/2022, por meio da Mensagem nº 62/2022, durante sessão plenária, na quinta-feira (31), na Assembleia Legislativa. A atualização da tabela proposta com o subsídio aos cargos, com classes e níveis, variou de cerca 4,5% a 25% de aumento.
Para ele, o governador Mauro Mendes (União) deveria ter vergonha de apresentar uma proposta absurda aos policiais penais, que não tem readequação salarial há mais de 10 anos. “Esperávamos uma proposta decente. Estamos há meses debatendo sobre o reajuste e equiparação salarial dos policiais penais com as outras categorias da segurança pública e, agora, nos deparamos com essa proposta absurda. Depois do governo demorar e enrolar tanto, propõe aumento de 25% apenas para quem está na classe A e menos de 10% para quem já trabalhou 15 e 20 anos e está na última classe. Discordo totalmente! ”, declarou o parlamentar.
Claudinei lembrou a greve dos servidores do Sistema Penitenciário, no segundo semestre de dezembro do ano passado e foi encerrada no início de janeiro deste ano, após acordo com representantes da gestão estadual. “Eles recuaram a greve, esperaram a contraproposta, participaram de reuniões e se deparam com uma tabela absurda do governo. A Assembleia Legislativa tem que entrar nessa luta e alterar esses valores”, posicionou.
Ele frisa que, no período da greve, considerou como legítima e justa a iniciativa por parte dos servidores que lutavam pelos seus direitos. “Principalmente, pelo fato dos policiais penais atuarem de forma direta com presos perigosos e organizações criminosas e, ainda, colocam suas vidas em risco e recebem o menor salário em relação às outras instituições da segurança pública”, justifica o deputado.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindespen), Amaury Benedito Paixão, a construção da tabela salarial não contou com a participação da categoria durante as tratativas e reuniões realizadas junto aos representantes do governo estadual.
“Só agora tivemos o conhecimento da proposta do governo. Esperávamos uma isonomia com as outras forças da segurança. A questão de valores está bem diferente das outras. Não está de forma padronizada e nem de forma linear. Não foi uma escolha nossa, foi impositivo. Continuaremos lutando por uma tabela ideal. Não foi o que queríamos. Um percentual muito pequeno”, declarou Amaury.
Atualmente, o Sistema Penitenciário de Mato Grosso conta com aproximadamente 2,8 mil servidores que estão lotados em 46 unidades prisionais.
Fonte: AL MT