Após quase 3 horas de reunião, o governo do estado e o Sindicato da Polícia Penal não conseguiram formular uma proposta para a categoria. Realizada nessa quinta-feira (3) com o secretário da Casa Civil, Mauro Carvalho, a primeira reunião do ano terminou sem nenhuma proposta.
Os policiais penais pedem a equiparação salarial com outras categorias policiais, como a Civil, depois que esses profissionais passaram de agentes penitenciários para policiais penais. O reajuste praticamente dobraria o salário deles. O governo havia proposto um reajuste de 15%, mas recuou.
Sem acordo, a categoria chegou a entrar em greve por 21 dias em dezembro de 2021. Foram mantidas apenas atividades básicas nas 46 unidades prisionais do estado à época. O retorno ao trabalho ocorreu em 5 de janeiro, após o governo pressionar ao afirmar que não iria dialogar com grevistas.
Sem acordo, o tempo para a categoria está se esgotando, uma vez que a legislação afirma que em ano eleitoral, servidores só podem ter aumento até seis meses antes das eleições. Ou seja, o prazo acaba em 1º de abril.
Deputado estadual e ex-presidente do Sindspen-MT (Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado), João Batista, participou das negociações e acredita que vão chegar a um acordo antes do prazo terminar.
“Na questão salarial permanece zerada a proposta, mas o secretário Mauro Carvalho apresentou outras pautas que podem avançar, como a questão do auxílio-alimentação, auxílio-fardamento e a melhoria na estrutura de trabalho. Não vejo como derrota, ainda acho que há espaço para uma vitória maior”, disse ele.
A próxima reunião está marcada para dia 8 de março.
Fonte: Primeira Página