Escolas da rede pública de ensino estaduais, municipais e da rede privada de Cuiabá vão iniciar aulas de forma presencial entre janeiro e fevereiro, apesar do aumento exponencial de novos casos de covid-19 e síndromes gripais em Mato Grosso.
Os núcleos gestores de cada modalidade de ensino decidiram manter os calendários previstos e apostar nas medidas preventivas de biossegurança, como disponibilizar álcool 70%, uso de máscaras, distanciamento social e reforço na lavagem de mãos.
O governo do Estado mantém o calendário com as aulas presenciais para os 399.769 alunos da rede pública de educação estadual, com início do ano letivo no dia 7 de fevereiro. A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) garante que todas as medidas de biossegurança serão adotadas. Toda a comunidade escolar será orientada sobre os cuidados necessários, e quanto à importância da vacinação como medida preventiva. No entanto, não será um critério obrigatório para que os alunos participem das aulas presenciais.
Foi desenvolvido um sistema de monitoramento dos casos suspeitos ou confirmados para uso da comunidade escolar, no âmbito da Seduc e Secretaria de Estado de Saúde. As informações são inseridas pela unidade escolar e controladas por ambas as pastas. A Prefeitura de Cuiabá também manterá o calendário previsto, com início das aulas presenciais também no dia 7 de fevereiro. O retorno seguirá as orientações das autoridades de saúde e vigilância sanitária, com as medidas de biossegurança adotadas desde o segundo semestre de 2021.
A prefeitura informou que, juntamente com a Secretaria de Saúde, vem acompanhando o andamento da pandemia no município para orientar novas medidas, se necessárias.
A previsão de alunos matriculados em 170 unidades educacionais é em torno de 54 mil estudantes na Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA) em Cuiabá.
Na rede privada de ensino, o início do ano letivo presencial está programado para dia 31 de janeiro. Todos os estabelecimentos de ensino estarão seguindo as regras de biossegurança emanadas da vigilância sanitária de cada município, alega o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de Mato Grosso (Sinepe/MT).
“As escolas da rede privada estão devidamente preparadas para o reinício, lembrado que investiram nos protocolos de biossegurança para atender os usuários com segurança. Todos os nossos trabalhadores estão imunizados, os alunos começaram a receber a vacina, não vejo motivo para aumentar o prejuízo que a educação brasileira teve, que levará anos para recuperar”, afirma Gelson Menegatti, presidente do sindicato.
A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), emitiu portaria na quarta-feira (19) suspendendo as atividades presenciais em todos os campi, excetuando as essenciais. A medida entrou em vigor na quinta-feira (20) e segue até 4 de fevereiro.
A previsão é que o retorno das aulas presenciais da UFMT aconteça no início do semestre letivo 2021/2, marcado para 11 de abril.
Mães de alunos também são favoráveis à volta às aulas presenciais. A vendedora Ariadne Freitas tem dois filhos em período escolar: Luis Phelipe, 13 anos, no 7º ano, e Pietra, 2, irá começar a frequentar a creche. Ela afirma que o filho não teve nenhum aproveitamento nesse período com as aulas online.
“Meu filho ficou mais de um ano e meio sem frequentar escola, acho que ele não aproveitou nada, não aprendeu como deveria. O professor cobrando, estando próximo do aluno, é bem melhor, além do que uma criança estimula a outra a estudar e convivendo. Nós frequentamos mercado, shopping, igreja, em qualquer lugar podemos pegar, acho que é uma questão de consciência”, afirma.
Já para a pequena Pietra, considera também ser importante as aulas presenciais pela convivência com outras crianças da mesma idade e para o desenvolvimento pedagógico.
Fonte: A Gazeta