“Um pesadelo”, diz mãe de garota internada em UTI com dengue hemorrágica

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A adolescente Kamilly Fernandes Figueiredo Almeida, de 16 anos, está internada com diagnóstico de dengue hemorrágica, há nove dias em um hospital particular, em Cuiabá. A mãe dela, Lidiany Kellen Figueiredo Fernandes, relatou ao g1 os momentos difíceis que está vivendo ao lado da filha.

“Estão sendo dias de horrores, minha filha jovem, saudável, com apenas 16 anos, está passando por situações em eu olhava pra ela e ficava desesperada. Um mosquito fazer um estrago desses e as pessoas não se atentam, só pensam em Covid e esqueceram da dengue”, disse a mãe.

Segundo ela, a filha foi ao pronto-atendimento passando mal por duas vezes e não recebeu o diagnóstico de dengue. Na primeira vez, ela levou a filha para a emergência em 30 de novembro com queixa de dor e febre.

“Passaram um remédio e a liberaram, depois ela se queixou novamente de dores no dia 1° de dezembro, a levei novamente e fizeram exame de urina e sangue, mas não fizeram o de dengue”, disse.

Ela conta que precisou levar a filha à emergência pela terceira vez, no dia 2 de dezembro. Durante a consulta, a médica desconfiou do quadro de dores e pediu um exame de dengue. Com o resultado positivo, a garota já ficou no hospital. Entretanto, seu estado de saúde só foi piorando.

Com o agravamento da doença, a menina não pode ser levantada e fazer tarefas simples, como ir ao banheiro. Segundo a mãe, os médicos recomendaram repouso total, porque a menina está com as plaquetas baixas e corre sério risco de hemorragia.

Segundo a mãe, os médicos decidiram pela transfusão de plaquetas. Ela conta que a menina ficou tão debilitada que os médicos proibiram até a aferição de pressão, já que o aparelho apertou o braço de Kamilly e provocou ferimento.

Lidiany diz que ficou muito abalada ao pegar um exame da filha e verificar que o nível de plaquetas chegou a 12 mil por mililitro de sangue. O médico precisou conversar com a mãe e explicar a gravidade do caso da menina e expor a experiência de casos tratados em que o nível de plaquetas chegou a 2 mil por mililitro de sangue.

Doação de sangue
A mãe afirma que, quando a filha precisou da doação de plaquetas, entendeu a necessidade das pessoas doarem sangue. Ela conta que são necessários 35 doadores de plaquetas para cada bolsa de sangue que a filha usa. “Só sabe da dificuldade de ter um doador de sangue quem precisa”, comentou.

Lidiany conta que a filha vem evoluindo. O nível de plaqueta já está em cerca de 35 mil plaquetas por mililitro de sangue.

“Foi um pesadelo. Dias difíceis, uma filha adolescente, já são dias, minha filha está um pouco fraca, mas os médicos estão animados, a infusão de plaquetas já foram suspensas e estamos aguardando o corpo dela reagir”, disse.

A mãe afirma que se apegou na fé para passar pelo momento de dificuldade. Ela conta que é evangélica e que o marido é pastor. Destaca que o caso comoveu a igreja.

Fonte: Estadão de MT