PF prende dois servidores por estuprar garota indígena em casa de saúde em MT

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A Polícia Federal (PF) cumpriu hoje neste sábado (4), em Barra do Garças (509 km de Cuiabá), dois mandados de prisão temporária contra dois funcionários da Casa de Apoio Indígena (Casai) acusados de abusar sexualmente de uma adolescente indígena de 14 anos, no interior das dependências da unidade federal de saúde.

As investigações tiveram início em razão de publicação de notícia em veículos de comunicação de Barra do Garças. A denúncia foi oficializada no dia 30 de novembro quando a mãe da garota procurou a polícia e denunciou que a filha foi estuprada por outro indígena enquanto estava hospedada na Casa de Saúde.

Segundo informações preliminares, teria sido a quarta vez que a garota foi violentada sexualmente. Ela passou a frequentar a Casai em 2020 quando iniciou um tratamento psicológico por ter sido estuprada pelo avô em 2017, em São Paulo.

Agora, no estupros praticados no Casai de Barra do Garças, segundo os relatos preliminares, pelo menos quatro homens estariam envolvidos nos crimes. A menor teria relatado à mãe que os quatro indígenas vinham estuprando ela com frequência nas dependências da Casai. Segundo ela, o fato teria acontecido pelo menos cinco vezes com cada um, em momentos diferentes.

Dois dos envolvidos são primos da adolescente e trabalham na Casai. Um deles é técnico de enfermagem enquanto outro atua no setor de limpeza. De todo modo, somente dois homens foram presos pela Polícia Federal neste sábado. O caso é investigado como estupro de vulnerável.

Conforme o delegado Mário Sérgio Ribeiro de Oliveira, responsável por investigar o caso, após tomar conhecimento dos fatos, instaurou inquérito policial, colheu todas as provas necessárias e representou pela prisão temporária dos investigados, que seguem presos no presídio de Barra do Garças.

De acordo com o delegado, mais detalhes não serão fornecidos para não atrapalhar o andamento da investigação. O inquérito segue em sigilo e deve ser concluído no prazo de 30 dias. Se condenados, os investigados poderão ser sentenciados a pena de prisão de até 15 anos.

Fonte: Folhamax