A juíza Mônica Catarina Perri Siqueira marcou para o dia 6 de dezembro o julgamento de Jaira Gonçalves de Arruda. Ela será submetida ao Tribunal do Júri após ter sido acusada de ter matado a enteada Mirella Poliane Chue de Oliveira, de 11 anos, envenenada para ficar com uma herança no valor de R$ 800 mil, que seria deixada para a menina.
Na decisão consta que a defesa de Jaira requereu à Justiça a conversão da prisão preventiva para domiciliar por ter sofrido um Acidente Vascuar Cerebral (AVC) na prisão. Alegou ainda que a mulher não estaria recebendo o devido acompanhamento médico, nem remédios adequados.
Entretanto, a magistrada indeferiu o pedido e afirmou que “não há qualquer documento nos autos que comprove que a acusada não consegue se locomover sem ajuda, ou que necessita de aparelhos para facilitar sua locomoção. Acaso fosse a hipótese, o médico ou o fisioterapeuta certamente teriam consignado no prontuário”
Sobre o crime
Um inquérito da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica) concluiu que o crime foi premeditado e praticado em doses diárias durante dois meses. Jaira teria utilizado um veneno de venda proibida no Brasil.
O crime, segundo a Polícia Civil, foi cometido para que a madrasta ficasse com uma quantia de R$ 800 mil, que seria de uma herança que a menina tinha recebido, ao nascer, fruto de uma indenização pela morte de sua mãe durante o parto dela, por erro médico.
Após a morte da mãe, a criança ficou sob os cuidados dos avós paternos. No entanto, os idosos morreram dois anos depois e, diante disso, Mirella passou a viver com o pai e Jaira. O trabalho investigativo apontou ainda a suspeita de que a madrasta teria envenenado o avô paterno da vítima, Edson Emanoel.
Fonte: Hipernotícias