Um aluno de 13 anos foi impedido de entrar na Fundação Bradesco, em Cuiabá, por estar usando uma camiseta com uma estampa de uma pessoa fumando cigarro. O fato ocorreu na quinta-feira da semana passada (11), mas só agora se tornou público. A mãe do adolescente, Carlina Cruz, argumenta que o filho foi constrangido na frente de outros alunos pela diretora do colégio.
Ao Estadão Mato Grosso, Carlina explicou que quando as aulas presenciais foram retomadas, descobriu que o uniforme do filho já não estava servindo mais, já que ficou mais de um ano afastado das salas de aulas. Ela ainda afirma que a escola autorizou os alunos a irem para as aulas com “qualquer roupa”.
Carlina disse que na semana anterior o filho foi estudar com a mesma roupa e não foi barrado, situação diferente da registrada na última quinta. A diretora da escola teria argumentado que a estampa pode influenciar ao hábito de fumar.
O aluno foi orientado a retornar para casa, trocar a camiseta e voltar para a escola, mas como faltavam apenas 2 minutos para o portão fechar, ficou com medo de ser impedido novamente, desta vez, por causa do horário e resolveu fazer a aula remota.
“Eu fiquei chateada, falaram que poderia ir com qualquer roupa. Não falaram: ‘Olha, tal coisa assim não pode’, falaram que poderia ir com qualquer roupa porque não tinha uniforme esse ano”, disse, acrescentando que o filho foi barrado na frente de outros estudantes e trabalhadores, provocando constrangimento.
A mãe também procurou a direção da escola para saber se existe algum regimento que regulamenta o que pode ou não vestir durante as aulas, mas não recebeu resposta da Fundação Bradesco.
OUTRO LADO
A reportagem entrou em contato com a diretora da escola e também com a assessoria de imprensa da Fundação Bradesco, mas não obteve resposta.
Fonte: Estadão de MT