Um levantamento realizado por meio da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) apontou que número de casos de estelionato em Mato Grosso aumentou 6% entre os meses de janeiro e setembro em comparação ao mesmo período de 2020. Entretanto, na contramão do Estado, Cuiabá apresentou uma redução de 7% nos casos.
Desde o começo da pandemia da covid-19, os criminosos têm aproveitado a maior permanência das pessoas em casa e o crescimento exponencial de transações digitais para aplicar golpes na população. Entre os crimes mais recorrentes estão transações financeiras sem autorização do titular, Whatsapp clonado, boleto falso, golpe do motoboy e cartões clonados.
Segundo os dados da Sesp, entre janeiro e setembro deste ano foram registrados 2.746 casos de estelionato em Cuiabá, sendo 7% a menos do que 2020, no qual foram registrados 2.957. Já em Várzea Grande foi apontado um aumento de 7%, sendo registrados 773 casos neste ano e 725 ano passado.
Conforme o delegado Ruy Guilherme Peral da Silva, da Delegacia Especializada de Crimes Informáticos (DRCI), um dos golpes que estão se popularizando “é o golpe do falso delivery. O dinheiro é usado para os criminosos efetuarem pagamentos por meio de internet e efetuar novas compras.
“Entregadores têm subtraído informações de contas bancárias das vítimas. Eles se aproveitam desses locais onde está sendo realizado a entrega porque tem baixa luminosidade, então ele liga a câmera do celular com o flash no pretexto de que estaria iluminando o ambiente para facilitar o pagamento mas, na verdade, está filmando a frente e o verso do cartão”, afirmou o delegado.
Conheça os principais golpes aplicados e como eles devem ser evitados:
Golpe do Falso Motoboy – O golpe começa quando o cliente recebe uma ligação do golpista que se passa por funcionário do banco, dizendo que o cartão foi fraudado. O falso funcionário solicita a senha e pede que o cartão seja cortado, mas que o chip não seja danificado. Em seguida, diz que o cartão será retirado na casa do cliente. O outro golpista aparece onde a vítima está e retira o cartão. Mesmo com o cartão cortado, o chip está intacto e os fraudadores podem utilizá-lo para fazer transações e roubar o dinheiro da vítima.
Como evitar: Fique atento! Os bancos nunca pedem o cartão de volta nem mandam portadores até a sua casa para buscá-lo. Se receber esse tipo de ligação ou visita, não entregue nada para ninguém e ligue imediatamente para o seu banco, de preferência de um celular, para saber se existe algum problema com a sua conta.
Golpe no WhatsApp – Os golpistas descobrem o número do celular e o nome da vítima de quem pretendem clonar a conta de WhatsApp. Com essas informações em mãos, os criminosos tentam cadastrar o WhatsApp da vítima nos aparelhos deles. Para concluir a operação, é preciso inserir o código de segurança que o aplicativo envia por SMS sempre que é instalado em um novo dispositivo.
Os fraudadores enviam uma mensagem pelo WhatsApp fingindo ser do Serviço de Atendimento ao Cliente do site de vendas ou da empresa em que a vítima tem cadastro. Eles solicitam o código de segurança, que já foi enviado por SMS pelo aplicativo, afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro. Com o código, os bandidos conseguem replicar a conta de WhatsApp em outro celular, têm acesso a todo o histórico de conversas e contatos. A partir daí, os criminosos enviam mensagens para os contatos, passando-se pela pessoa, pedindo dinheiro emprestado.
Desconfie de pessoas pedindo dinheiro ou seus dados por aplicativos de mensagem. Geralmente os golpistas apelam para alguma urgência falsa e pedem depósitos e transferências via Pix para contas de terceiros ou então para pagar alguma conta.
Como evitar: Primeiro, proteja o seu WhatsApp de invasões e clonagens. Nas configurações do aplicativo, clique em “Conta”, depois em “Confirmação em Duas Etapas” e ative essa funcionalidade de segurança com uma senha. Você diminui a chance de golpistas roubarem seu número. E nas configurações de privacidade, deixe a sua foto de perfil pública apenas para os seus contatos, assim ninguém a utiliza para golpes. Nunca compartilhe o código de segurança. E caso receba mensagens de parentes ou conhecidos pedindo dinheiro emprestado, confirme a identidade de quem está do outro lado.
Golpe do link falso – Um golpe em que normalmente ofertas muito atrativas chegam por e-mail ou redes sociais como iscas para que os usuários informem seus dados como número de CPF, conta, cartões e senhas. Essas mensagens também podem instalar vírus e aplicativos que roubam seus dados por meio de links maliciosos, permitindo os golpistas acessarem todas as suas contas.
Como evitar: Desconfie de mensagens que você não pediu ou aprovou, e de ofertas em que o desconto é tentador demais. Fique atento ao e-mail do remetente, empresas de grande porte não utilizam contas privadas como @gmail, @hotmail ou @terra e entidades públicas sempre usam @gov.br ou @org.br. Em caso de links, confira se o endereço da página corresponde ao correto. Em caso de dúvida, não clique.
Fonte: Hipernotícias