Mais 3 pessoas, que não querem revelar seus nomes à imprensa, entrarão com pedidos de cassação contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) nesta segunda-feira (8). Com isso, o prefeito afastado será alvo de pelos menos 5 pedidos de abertura de comissão processante, para que ele seja julgado por esquema de superfaturamento e desvios de recursos que ocorreram durante a pandemia, segundo investigação revelada na Operação Cupincha.
O último pedido contra Emanuel foi feito pela promotora de vendas Fabiany Arias, que conversou com a reportagem do jornal A Gazeta e contou que tem articulado para que mais cidadãos entreguem pedidos de abertura de comissão processante ao presidente da Câmara, Juca do Guaraná Filho (MDB).
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“Eu vou chamar outros cidadãos, já que esses vereadores não querem aprovar a cassação do Emanuel. Eu vou chamar cidadãos de bem e eu quero ver o que vai acontecer, eu admiro muito o Juca do Guaraná, porque conheço ele há muito tempo, mas depois dessa solicitação eu quero ver quem é ele, quero ver se ele tem coragem. Nós estamos nos tornando vergonha nacional, todo mundo vai ficar de braços cruzados?”, comentou.
Fabiany Arias não consegue esquecer do dia em que seu tio precisou ser internado em Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) para superar a covid-19 e viu seu familiar esperar por dias até que algum leito ficasse vago.
Ela também se recorda do desespero da prima, acometida pela doença, que dependia do Sistema Único de Saúde (SUS) para sobreviver. Ambos morreram. A lembrança da dor da perda, que ela classifica como resultado direto da corrupção na Secretaria Municipal de Saúde, foi uma das razões que motivou Fabianya entrar com o pedido.
Histórico de pedidos
O movimento de aumentar o número de pedidos de abertura de comissão processante é defendido pela vendedora. Ela acredita que se mais pessoas tiverem coragem de protocolar os vereadores ficarão “constrangidos” se não tomarem nenhuma medida, mesmo os parlamentares que são da base aliada de Emanuel.
O primeiro pedido de cassação de Emanuel foi feito pelo suplente de vereador Felipe Corrêa. A solicitação ainda não foi analisada pela Câmara e deve ser votada nesta terça-feira. Em sessão realizada na última quinta-feira (4) a votação do pedido de Felipe foi suspensa depois de um bate boca generalizado entre vereadores de oposição e aliados do prefeito.
Segundo o regimento interno da Câmara, pedidos de abertura de comissão processante devem ser lidos em sessão subsequente a data de entrega do documento. Vereadores de oposição alegam que o pedido de Felipe Corrêa deveria ter sido lido e julgado antes, mas foi postergado pela base aliada de Emanuel, que espera pela possibilidade de que o prefeito volte ao cargo.
Fonte: O Bom da Notícia
