Justiça Federal bloqueia mais de R$ 46 milhões dos investigados na Operação Cupincha

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O juiz da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, Jeferson Schneider, determinou o bloqueio de R$ 46.403.706,50 de 21 pessoas, entre físicas e jurídicas, investigadas na Operação Cupincha, deflagrada na quinta-feira (28). A ação policial investiga supostas fraudes na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Cuiabá.

O maior valor bloqueado foi do empresário Paulo Roberto de Souza Jamur. Ele, que foi preso preventivamente na cidade de Curitiba (PR), teve R$ 4.194.639 congelados pela Justiça. Além disso, o juiz bloqueou R$ 3.465.989 da pessoa jurídica do empresário, a Paulo Jamur Sociedade Individual Advocacia.

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Logo depois, vem Leilson Ventura da Silva, que teve R$ 3.783.099,99 bloqueados. Ele é irmão do empresário Liandro Ventura da Silva, que teve a prisão preventiva expedida e é considerado foragido da Justiça. Em seguida, vem Míriam Flávia Caldeira Jamur. Ela teve R$ 3.604.099,9 congelados.

Liandro teve a quantia de R$ 2.163.955,99 bloqueados pela Justiça e a Cervejaria Cuyabana Cervejaria Artesanal LTDA teve a indisponibilidade das contas decretada.

Já o ex-secretário municipal de Saúde, Célio Rodigues da Silva, que também foi preso preventivamente, teve R$ 2.163.955,99 congelados de sua conta.

“A Secretaria deverá cumprir essa medida cautelar por meio do Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário – SISBAJUD; Central Nacional de Indisponibilidade de Bens – CNIB; e Sistema de Restrição Judicial – RENAJUD apenas na véspera da operação policial, devendo para isso, a Diretora de Secretaria ser informada antecipadamente da data da deflagração da operação policial”, diz trecho da decisão, que o HiperNotícias teve acesso.

A operação

Todos são investigados na Operação Cupincha. A ação investiga um grupo empresarial, que fornece serviços à Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, e recebeu, entre os anos de 2019 e 2021, mais de R$ 100 milhões. Manteve-se à frente dos serviços públicos mediante o pagamento de vantagens indevidas, seja de forma direta ou por intermédio de empresas de consultoria, turismo ou até mesmo recém transformadas para o ramo da saúde.

Ainda de acordo com a polícia, o nível de aproximação entre as atividades públicas e privadas dos investigados envolveu a aquisição da cervejaria artesanal, em que se associaram, de forma oculta, Célio e Liandro.

A movimentação financeira também se dava nas contas bancárias de pessoas físicas, em geral vinculadas às empresas intermediárias, que se encarregavam de igualmente efetuar saques e emitir cheques, visando à dissimulação dos eventuais beneficiários.

Paralelamente, o grupo empresarial investigado na primeira fase da Operação Curare promovia supostas “quarteirizações” de Contratos Administrativos, que viriam a beneficiar, em última instância, o servidor responsável pelas contratações com a Secretaria Municipal de Saúde e Empresa Cuiabana de Saúde Pública, incluindo o pagamento de suas despesas pessoais.

Fonte: Hipernotícias