Sinopense vai para o Guinness Book por implantar casco 3D em jabuti

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A reconstrução do casco de um jabuti feito em uma impressora 3D levou o designer mato-grossense Cícero Moraes de 38 anos de Sinop (396 km de Cuiabá) para o livro dos recordes ‘Guinness Book 2022’. O animal perdeu a proteação durante um incêndio em 2015.

Na época que Cícero desenvolveu o projeto, cerca de seis pessoas participaram até o resultado final, entre eles os veterinários Roberto Fecchio, Rodrigo Rabello e Matheus Rabello e o cirurgião dentista Paulo Miamoto.

O animal sofreu queimaduras durante um incêndio florestal em Brasília em 2015 e acabou perdendo seu casco de proteção.

Cícero conta que a reconstrução foi feita a partir de fotos, segundo ele o mais difícil foi dividir a prótese em quatro partes, algo que eles nunca haviam feito antes.

As peças maiores do caso levaram cerca de 50 horas para serem impressas e as menores 28 a 35 horas.   O projeto demorou cerca de um mês para ficar pronto, depois a casca foi levada para Brasília, onde os veterinários realizaram a cirurgia.

jabuti

Cícero conta que logo após o jabuti acordar o primeiro movimento foi se esconder no casco, uma prova de que projeto havia dado certo. O projeto não parou por aí, a surpresa veio em no dia 1° de março deste ano.

“Eu recebi um e-mail de Londres, no dia 1 de março do Guinness Book, onde eles estavam informando o meu recorde e pediram imagens em alta resolução para eles colocarem na edição. Primeiro eu não sabia que o Guinness trabalhava com pioneirismo, eu pensava que era só, por exemplo pessoas mais altas, quem comeu mais hambúrguer, quebrou algum recorde tipo de recorde, não imagina que trabalhava também com primeiro de cada seguimento, mas eles trabalham. Foi uma surpresa para mim”, conta Cícero.

Para entrar para o livro dos recordes Guinness Book, geralmente primeiro a pessoa se cadastra no recorde que gostaria de tentar. Se o recorde estiver ativo é aceita a inscrição e segue os protocolos até a publicação da edição.

“No nosso caso, não foi um recorde que alguém solicitou, foi um recorde que especialistas do Guinness definiram entre eles, fizeram uma busca na internet e acharam a gente. Nesse caso eles procuraram agente e oficializaram nosso recorde. Ela estava muita queimada eles lembraram do Freddy Krueger aquele personagem fictício de terror dos anos 80, eles imaginaram que ela era um jabuti macho, mas na verdade é uma jabota, um jabuti fêmeo. Hoje ela está bem, está em uma fazenda e nem precisa mais da prótese. Parte do tecido se reconstruí e isso protege ele de perfuração, sol”, completou o artista.

O livro dos recordes foi lançado no dia 14 de setembro.

“Quando criei o casco não esperava isso. Estava preocupado em saber se a prótese iria funcionar. Então, excelente deu tudo certo, ela vai poder continuar crescendo sem a prótese, mas agora que a gente sabe como fazer uma prótese sem parafusar, podemos fazer outras caso algum animal precise a gente consegue fazer com facilidade só para envolver e proteger”, finalizou.

Fonte: Hipernotícias