O Tribunal de Justiça negou habeas corpus e manteve a prisão preventiva de Wesdra Victor Galvão de Souza, um dos acusados de espancar até a morte o policial militar Roberto Rodrigues de Souza.
O crime aconteceu no dia 26 de julho em uma distribuidora em Várzea Grande.
A decisão é da Segunda Câmara Criminal e foi publicada nesta segunda-feira (20).
No habeas corpus, a defesa de Wesdra sustentou, entre outras coisas, que ele ostenta predicados pessoais favoráveis para responder o caso em liberdade, cumprindo medidas cautelares alternativas.
Relator do HC, o desembargador Luiz Ferreira da Silva afirmou, no entanto, que aplicação de quaisquer medidas cautelares é insuficiente, tendo em vistas as circunstâncias do delito.
“Afigura-se evidenciada a necessidade da manutenção da custódia preventiva do paciente por ser imprescindível a sua prisão para garantir a ordem pública, diante da gravidade concreta do crime, em tese, por ele perpetrado, atraindo, portanto, a incidência do requisito autorizador do cárcere cautelar preconizado no art. 312 do Código de Processo Penal”, afirmou.
O voto de Luiz Ferreira da Silva foi acompanhado pela unanimidade.
O caso
Além de Wesdra, também segue preso pelo crime Alan Patric Schuller. Ambos são réus na ação penal.
Conforme denúncia do Ministério Público, na data do crime, Alan e Wesdra saíram do bar Bodega, em Cuiabá, cada um acompanhado de uma mulher, e decidiram parar na distribuidora para usar o banheiro.
A discussão entre a vítima e Alan começou no sanitário masculino, quando Roberto começou a usar o vaso com a porta aberta de frente para o banheiro feminino, onde a acompanhante do agressor estava.
A discussão evoluiu e o militar chegou a tentar dar um soco no agressor, porém não conseguiu. Na sequência, o acusado já vai para cima de Roberto e começa a espancá-lo.
É nesse momento que Wesdra se junta a ele e os dois seguem a sessão de espancamento.
Roberto foi encaminhado ao Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande (PSMVG), mas não resistiu e morreu.
O soldado servia como policial em Acorizal, cidade próxima a Cuiabá.
Fonte: Midianews