O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que a falta de chuva é um problema nacional e atribuiu às mudanças climáticas, principalmente, as secas nas baías de Chacororé e Siamariana, no Pantanal. Segundo ele, no entanto, em parceria com a Justiça, o Governo buscará medidas para minimizar os efeitos da seca.
“Existe, claramente hoje, no mundo inteiro, as percepções de uma alteração no clima do planeta. O Brasil vive hoje a pior seca dos últimos 100 anos. Isso vai demandar medidas importantes, urgentes, graves, que vão depender de todos nós, brasileiros, das autoridades e do mundo inteiro. Mas enquanto isso temos que minimizar os efeitos, as consequências e é isso que estamos discutindo aqui”, disse o governador, em visita ao Pantanal nesta sexta-feira (10).
O governador visitou o Pantanal de Barão de Melgaço para entender o problema e buscar soluções para a diminuição dos níveis da água das baías de Chacororé e Siamariana. A visita faz parte de um acordo realizado com o juiz da Vara do Meio Ambiente, Rodrigo Curvo, após o Ministério Público cobrar providências.
Segundo Mendes, a solução deverá ser encontrada em conjunto, já que a questão é alvo de medida judicial. “Nós vamos desobstruir corixos, vamos achar soluções técnicas que garantam a perenidade dessas importantes lagoas, dos ecossistemas, com intervenções que não são aqui neste momento que vamos decidir. Nesse momento estamos vendo in loco, porque em algum momento o Dr. Rodrigo vai decidir, o Ministério Público vai fazer novas intervenções, e nós, do executivo, vamos executar isso. Mas muito mais do que uma canetada do outro, estamos olhando para que depois de uma discussão mais técnica venha a solução definitiva para ser implementada no curto, médio e longo prazo”, explicou.
Antes que sejam tomadas decisões, serão realizados estudos técnicos com medições dos níveis de entrada e saída de cada corixo, para que sejam encontradas as medidas mais eficientes e menos onerosas aos cofres públicos. Uma das alternativas a ser avaliada é o bombeamento de água nestes períodos de seca.
“É sem dúvida uma alternativa, a gente conhece grandes alternativas de rios, de bacias, que é feito dessa forma. É feito para irrigação, é feito para manter a alimentação de água, e pode ser feito para alimentar um ecossistema importante, que são as duas baías. Não é a primeira grande seca que estamos vivenciando, isso pode acontecer, por isso que eu já estou pensando nisso como sugestão técnica, a decisão não será só minha, de governador, mas uma alternativa porque ela pode ter um custo baixo e ser eficiente para a gente garantir uma alimentação que minimize a alteração de nível nessas baías quando acontece, e que pode acontecer, uma nova seca como essa que estamos vivendo”, completou Mauro.
Fonte: Olhar Direto