As cidades de Alta Floresta (803 km ao norte de Cuiabá) e Sorriso (420 km ao norte da Capital) têm o gás de cozinha mais caro do Brasil, como apontam dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Vendido a R$ 130, o botijão de GLP nos municípios custa até R$ 37,83 mais caro que a médica nacional.
Conforme o boletim semanal divulgado pela ANP, que levou em consideração o intervalo entre os dias 11 e 17 de julho, os estados do Centro-Oeste registram valores máximos de venda do gás acima da média do país.
Ao todo, em Mato Grosso foram pesquisados 74 postos de venda de gás de cozinha, distribuídos entre as cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Sorriso, Cáceres e Alta Floresta.
Em Cuiabá, 42 postos de revenda foram consultados, sendo registrada uma média de R$ 107,43 para o valor de venda do produto. A alta do valor do produto na Capital tem impactado diretamente a vida de quem depende do produto, a exemplo da empreendedora Meire Regina Nascimento dos Santos.
Moradora do bairro Jardim Vitória, Meire trabalha com produção e venda de bolos e doces e relata ter sofrido com a alta dos preços. Segundo a empreendedora, os aumentos constantes dos custos com gás cozinha fez com que ela tivesse que reinventar sua forma de sustento.
Meire aponta que, além dos doces, trabalhava com marmitas, mas se viu forçada a abandonar a tarefa com a alta dos preços do botijão, da carne e de outros produtos. Hoje, produzindo apenas os bolos, ela cita que precisa dividir o uso do gás de cozinha com o forno elétrico para conseguir cobrir os custos da produção.
“Só está aumentando. O combustível não para de subir e o gás de cozinha acompanha. Eu trabalho com forno elétrico e, por causa disso, consigo fazer durar (o gás) até 25 dias. Isso tem um custo médio de R$ 100 por mês”, disse a empreendedora.
“Eu trabalho com bolo, salgado e tortas. Meu esposa tem glaucoma e é disso que eu tiro o sustento da família. Somos em 4 pessoas e todo sustento vem do que eu faço”, acrescentou.
Com informações do Site Gazeta Digital