Anvisa decide nesta sexta sobre liberação de 1,2 milhão de doses da vacina russa compradas por MT

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A  diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reúne, nesta sexta-feira (04), para decidir se se aceita ou não os pedidos de autorização excepcional das vacinas contra a covid-19 Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biontech, e Sputnik V, do Instituto Gamaleya, da Rússia. Esta última teve 1,2 milhão de doses compradas pelo governo de Mato Grosso.

O encontro está previsto para começar às 13 horas (de Mato Grosso). Os dois imunizantes já tiveram pedidos de liberação negados pela agência.

Corre nos bastidores que a pressão imposta por diversos Estados e setores deve fazer os dois imunizantes serem aprovados nesta sexta-feira.

Em abril, a Anvisa negou o pedido de autorização feito por Mato Grosso e outros 13 Estados, para importação de quase 30 milhões de doses da Sputnik V.

A agência apontou que não recebeu relatório técnico capaz de comprovar que a vacina atende a padrões de qualidade e não conseguiu localizar o relatório com autoridades de países onde a vacina é aplicada.

Já a Gerência de Medicamentos do órgão apontou diversas falhas de segurança associadas ao desenvolvimento do imunizante. Na mais grave, explicou que o adenovírus usado para carregar o material genético do coronavírus não deveria se replicar, mas ele é capaz de se reproduzir e pode causar doenças.

No final de março, Mauro Mendes (DEM) anunciou a assinatura de contrato para compra de 1,2 milhão de doses da vacina Sputnik V, que viriam direto para Mato Grosso caso o Governo Federal não pagasse ou reembolsasse o Estado. A expectativa era de que a primeira remessa chegasse já no dia 20 de abril.

O governador chegou a dizer que com as 1,2 milhão de doses seria possível imunizar todos os mato-grossenses com mais de 30 anos de idade.

Fonte: Olhar Direto