O Conselho Deliberativo Metropolitano do Vale do Rio Cuiabá (Codem) aprovou nesta quarta-feira (12), por maioria, a substituição do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) pelo Ônibus de Trânsito Rápido (BRT), movido à eletricidade, como modal de transportes na Região Metropolitana da Capital.
Para deliberação sobre o modo de transporte, todos os conselheiros receberam e analisaram os estudos técnicos disponibilizados em consulta pública feita pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), bem como participaram da audiência pública que apresentou os quesitos técnicos e legais da implantação do BRT, realizada na última semana.
A fim de trazer ainda mais clareza acerca do BRT, todos tiveram a oportunidade de esclarecer dúvidas técnicas e jurídicas, que foram respondidas pelo engenheiro de transportes da Sinfra, Rafael Detoni, e pelo procurador do Estado Wilmer Cysne Prado. Já a relatoria do processo de substituição do VLT para BRT ficou sob a responsabilidade do prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat, que deu parecer favorável à implantação do BRT.
Para a implantação do BRT, o Governo do Estado se responsabilizará pela realização das seguintes obras de infraestrutura: corredor segregado, paradas, estações e terminais, tratamento das calçadas, Parque Linear da Av. Rubens de Mendonça, Centro de Controle Operacional, Garagem Operacional do BRT com subestação de recarga elétrica dos ônibus, sistema de monitoramento e segurança da frota e usuários, sistema de comunicação com os usuários e também pela aquisição dos ônibus movidos à eletricidade.
Representando os conselheiros, Aislan Sebastião destacou a importância dessa série de discussões que o governo de Mato Grosso tem feito para demonstrar à população os benefícios e vantagens da implantação do BRT, não apenas para a situação econômico-financeira do Estado, mas, principalmente, para os usuários do futuro modal de transporte.
Isso porque os investimentos estimados para o BRT são da ordem de R$ 460 milhões, enquanto o VLT demandaria R$ 763 milhões, situação que exigiria mais recursos do Governo de Mato Grosso para execução de obras.
Já para o usuário do coletivo, o BRT apresenta melhor desempenho operacional e proporcionará maior flexibilidade de operação junto aos ônibus do sistema alimentador dos municípios, permitindo reduzir o número de integrações para os usuários, quando comparado à modelagem da rede com o sistema VLT, dada a possibilidade de uso compartilhado no corredor segregado. As obras devem durar até 18 meses.
“Será garantido o direito conquistado pelos estudantes, pelos idosos na questão da gratuidade. Isso é de fundamental importância e fez com que chegássemos a esse convencimento da aprovação da substituição de VLT por BRT, que é um compromisso do governo de Mato Grosso – e fazer com que todos os conselheiros tivessem firmeza no seu voto. O BRT é melhor o modelo, pois vai abranger o maior número de bairros, tanto em Cuiabá, quanto em Várzea Grande”, encerrou o conselheiro.
A previsão é de que, com a aprovação da substituição do modal pelo BRT, o governo lance edital para contratação de obras do BRT até o mês de junho.
O conselho reúne representantes dos poderes Executivos, Legislativo e entidades civis dos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Chapada dos Guimarães, Acorizal, Santo Antônio de Leverger e Nossa Senhora do Livramento, que compõem a região metropolitana, e toda a reunião foi transmitida pelo YouTube do Governo de Mato Grosso. Além dos votos favoráveis, a mudança pelo BRT também teve quatro votos contrários e duas ausências.
Fonte: O Livre