O Comando Geral da Polícia Militar informou na tarde desta segunda-feira (05) que acionará o Conselho Regional de Medicina (CRM) e o Ministério Público Estadual (MPMT) para que seja apurada denúncia de suposta negligência no tratamento do major Thiago Martins de Souza – que morreu vítima da covid-19 na madrugada de domingo (04).
Em comunicado, a corporação informou que acionou as instituições para que seja atualizada sobre as investigações da morte do major. O posicionamento da PM vem após denúncia da técnica de enfermagem Amanda Benício, 38 anos, de que o Hospital São Judas Tadeu foi negligente no tratamento de pacientes, a exemplo do policial.
Conforme noticiado, a técnica registrou boletim de ocorrência denunciando o hospital após ter sido desligada do quadro de funcionários da instituição, no último dia primeiro. Segundo ela, o centro cirúrgico foi fechado, faltam medicações, sedações e os pacientes estariam sendo amarrados na cama.
Por meio de nota, o hospital negou a denúncia da técnica e apontou que a ex-funcionária fez as afirmações como forma de “retaliação e vingança”. A unidade hospitalar apontou que Amanda Benício não teria provas que constatassem seus apontamentos e que medidas cíveis e criminais seriam adotadas.
Confira a seguir a nota emitida pela Polícia Militar:
“O Comando Geral da Polícia Militar informa que está oficiando ao Conselho Regional de Medicina (CRM-MT) e ao Ministério Público Estadual (MPE) uma solicitação de apuração na esfera administrativa e criminal, respectivamente, da denúncia de possível negligência sofrida pelo major PM Thiago Martins de Souza durante internação em unidade hospitalar privada em Cuiabá.
No mesmo ofício, o Comando Geral da PM solicita aos órgãos oficiados acima que lhe seja oportunizado o acompanhamento e/ou atualizada sobre tais apurações.
Esta medida está sendo adotada a partir de denúncias veiculadas em reportagens publicadas em diversos sites e outros órgãos de imprensa nesta segunda-feira-feira(05.04).
O major Thiago morreu no último sábado (03.04), por complicações decorrentes da Covid-19, em outra unidade hospitalar, da rede SUS, em Cuiabá, para onde foi transferido após agravamento do seu quadro de saúde e consequentemente necessidade de internação em Unidade de Terapia Intensiva(UTI).”
Confira na íntegra a nota do hospital:
“O Hospital São Judas Tadeu vem, nesta oportunidade, negar veementemente todas as notícias veiculadas na data de hoje, 5 de abril de 2021, que envolvem condutas supostamente promovidas em desfavor da saúde dos pacientes.
As acusações espúrias foram proferidas por uma funcionária que trabalhou 50 dias na Instituição, e foi demitida na semana passada justamente por práticas dissonantes com as exigidas pelo Hospital e, por isso, utiliza-se dessa pauta com cunho de promover retaliação e vingança.
É evidente que as afirmações são desprovidas de qualquer fundamento e principalmente provas. Diante da gravidade, o Hospital está empenhado na adoação das medidas cíveis e criminais cabíveis em face da profissional e isso será a maior resposta que poderemos dar a população.
De qualquer forma, reforçamos que o Hospital São Judas Tadeu é uma Instituição séria e respeitada, com histórico de excelência em serviços prestados à população cuiabana há mais de 35 anos.
Sempre atuamos com profissionais sérios e comprometidos com a ética e o bem estar dos pacientes e assim permaneceremos nossa caminhada.”
Fonte: Gazeta Digital