Juiz de MT condena seis membros do Comando Vermelho a penas de 3 a 7 anos de prisão

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O juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, da 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, condenou seis membros da facção criminosa Comando Vermelho, que atuavam em Rondonópolis (a 217 km de Cuiabá), a penas que variam entre três a sete anos de reclusão, pelos crimes de organização criminosa e tráfico de drogas. Apenas dois deles não poderão recorrer em liberdade.

Segundo denúncia do Ministério Público, os acusados Jacqueline dos Santos Nogueira (vulgo “jaque”), Gabriel Vieira da Costa (vulgo “OLX“, “gaúcho” ou “gauchinho”), João Vitor da Silva, Francisco Marcos da Silva (vulgo “chico”), Luciano Palopoli Barros (vulgo “gordinho”) e Marcos Vinícius Barbosa Chimenes (vulgo “magela”), até dezembro de 2019 integravam a organização criminosa “Comando Vermelho”, agindo em unidade, com o objetivo de obter vantagens através da prática dos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, crimes patrimoniais e até homicídio.

Segundo o MP, Jacqueline exercia a função de “espelho” ou “auxiliar”, na qual auxiliava diretamente um dos líderes da facção, Maurício Gonçalves da Silva (vulgo “tetinha”), tanto nas atividades da facção, como na atividade criminosa do tráfico ilícito de entorpecentes, atuando no gerenciamento de recursos, guarda e distribuição de produtos adquiridos.

Já Gabriel Vieira da Costa exercia a função de “disciplina“ na referida organização, sem função de comando. João Vitor da Silva exercia a função de “espelho“, sendo responsável pela prática de diversos crimes patrimoniais na cidade, cuja finalidade era levantar recursos para a facção, além de atuar na venda direta de entorpecentes.

Francisco Marcos da Silva, vulgo “Chico“, exercia a função de “disciplina” dos bairros Canaã, Jardim Amizade, Jardim Ipanema, Boa Esperança e adjacências, assim como detinha exclusividade da atividade criminosa do tráfico de drogas nos bairros e imediações em que exercia tal função.

Luciano Palopoli Barros, vulgo “Gordinho”, exercia as funções de “disciplina” e “cadastro“, sendo responsável por gerenciar o cadastro de novos membros da organização criminosa e de cadastrar estabelecimentos comerciais que pagam a “taxa” de proteção.

Por fim, esclareceu que Marcos Vinícius Barbosa Chimenes, vulgo “magela”, exercia a função de “tesoureiro“, sendo responsável pelo financiamento e possivelmente pela lavagem de dinheiro da organização criminosa.

En decisão publicada no Diário de Justiça desta sexta-feira (29) o juiz condenou “jaque”, “gaúcho”, João Vitor, “Chico”, “magela” e “gordinho” pelo crime de organização criminosa. Jacqueline, Gabriel, João Vitor e Francisco ainda foram condenados por associação para o tráfico.

Aa penas de “jaque” e “gaúcho” foram fixadas em seis anos de reclusão e pagamento de 710 dias/multa. As penas de João Vitor e “chico” foram fixadas em sete anos de reclusão e pagamento de 785 dias/multa. Já as penas de “magela” e “gordinho” foram fixadas em três anos de reclusão e pagamento de 10 dias/multa, mas acabaram sendo substituídas por dias penas restritivas de direito.