O secretário de Estado de Fazenda (Sefaz), Rogério Gallo, afirmou que Mato Grosso está preparado financeiramente para segunda onda da pandemia, mas que a melhora na economia para a população está atrelada a ampla vacinação de covid-19. De acordo com Gallo, não é possível prever impactos dessa segunda onda de infecção, porque não se sabe a extensão dela e se a atividade econômica será paralisada.
“Mato grosso está preparado, do ponto de vista do equilíbrio do que nós conseguimos ao longo desses dois anos da gestão de Mauro Mendes, de ter reservas financeiras para atravessar por turbulências. É logico que essa turbulência, esperamos que seja da maneira mais rápida possível e coberta de vacina. O próprio ministro [da economia] Paulo Guedes deixou claro que a retomada econômica do país passa pela mais ampla vacinação da população”, afirma.
Gallo reforçou que o governador do estado, Mauro Mendes (DEM), já iniciou tratativas com alguns laboratórios para garantir a vacinação dos mato-grossenses, mas, que depende da autorização do Ministério da Saúde para efetivar a compra das vacinas.
“Nós estamos aguardando todas essas medidas e qual vai ser o papel que o governo federal vai autorizar os estados fazer, nessa questão das vacinas. O governador mauro já consultou o ministro da saúde, se nós podemos fazer contato direto com a compra de vacinas, esperamos que tenhamos uma notícia positiva. De ponta de vista para o estado não impacta, nós temos condição de continuar a conduzir o estado de Mato Grosso” reforçou.
O secretário afirmou que em relação à população, a Sefaz seguirá observando a atividade comercial do estado e a movimentação em cada setor, para detectar crise econômica. Mas, para ele, Mato Grosso possui atividade superior a outros estados do Brasil e com isso não deve sofrer com essa segunda onde de infecção da covid-19.
“No mês de janeiro, nós estamos monitorando o que acaba sendo um termômetro da atividade econômica geral, a construção civil não experimentou em Mato Grosso qualquer impacto. Nós estamos em janeiro de 2021 e o consumo já está acima do que foi consumido pelas pessoas em janeiro de 2020, no período pré-pandemia. Acompanhamos as vendas de supermercados que também tem taxas acimas do que o ano passado”, finaliza.
O balanço comercial de Mato Grosso, referente ao consumo do mês de janeiro, ainda não foi divulgado pelas autoridades ligadas ao setor, mas de acordo com um levantamento feito pelo Sindicato da Habitação de Mato Grosso (Secovi-MT), filiado à Fecomércio-MT, o setor teve o melhor desempenho em cinco anos em Cuiabá.
Somente em 2020, um ano pandêmico, o setor imobiliário movimentou mais de R$ 3,2 bilhões, o que revela melhor desempenho desde o início da pesquisa, em 2015, quando foram movimentados R$ 2,3 bilhões.
Mas em relação à confiança dos empresários ligados ao comércio de Cuiabá, a pesquisa do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), revelou uma queda de 6,3% se comparado a janeiro de 2020.
A retração foi puxada pela queda dos dois principais componentes da pontuação, a expectativa do empresário do comércio, que teve recuo de 1,8% e a condição atual do comerciante, tanto da economia quanto para o setor, que diminuiu em 0,8%.
Fonte: O Bom da Notícia
