A representatividade das mulheres na política em Mato Grosso cresceu nas eleições deste ano. Isso porque, neste último domingo (15), o estado obteve um bom resultado feminino nas urnas, comparado as eleições passadas. A Câmara Municipal de Cuiabá, por exemplo, ganhou duas mulheres como vereadoras em Cuiabá e três em Várzea Grande.
Em outros municípios teve, inclusive, mulheres eleitas a prefeitas.
Em Cuiabá, Edna Sampaio (PT) e Michelly Alencar (DEM) foram as mulheres eleitas a vereadoras, ocupando duas, das 25 cadeiras no Legislativo. Pela primeira vez na história, a Casa de Leis passa, a partir do próximo ano, ter duas representações femininas. Até então, a Câmara de Cuiabá não tinha nenhuma vereadora mulher.
Em Várzea Grande, três mulheres conseguiram assegurar vaga entre as 21 disponíveis na Câmara, Rosy Prado (DEM), Gisa Barros (DEM) e Professora Eucaris Arruda (MDB). Em contraposição à eleição passada queando foram duas.
Já em Diamantino (137 km de Cuiabá), a vereadora Michele Carrasco (DEM) conseguiu ocupar uma, das 9 vagas na Câmara Municipal para os próximos quatro anos. Em Cáceres (219 km de Cuiabá), Valdeníria Dutra (PSC) e Mazéh Silva (PT) também foram eleitas ao cargo.
Em cinco municípios mato-grossenses foram eleitas mulheres para comandar as prefeituras. Em Aripuanã (1.002 km de Cuiabá), Seluir Peixer (PSDB) foi eleita a prefeita da cidade pela maioria dos votos. Ela obteve 3.057 (37,44%) dos votos válidos.
Em Santo Antônio do Leverger (34 km de Cuiabá), Francieli Magalhães (PTB) e a vice-prefeita Giseli Ribeiro (PDT) conseguiram, juntas, a vaga na Prefeitura. Além disso, em Jaciara (144 km de Cuiabá), Andreia Wagner (PSB) e sua vice, Zila Bruschetta (PSB) também se uniram e conseguiram se eleger.
Já em Barão de Melgaço (113 km de Cuiabá), a Margareth de Munil (PSDB) foi eleita a prefeita do município. Em Cáceres (219 km de Cuiabá), a professora Eliene Liberato (PSB) ganhou a disputa, com 38,16%, totalizando 15.881 dos votos.
Para a procuradora e presidente do Conselho Estadual da Mulher, Glaucia Amaral, o resultado nas eleições deste ano, com a representatividade feminina no poder, apesar que ainda seja pouca, já irá fazer uma grande diferença no Estado. “Ficamos felizes com o aumento de número de mulheres ocupando vagas tanto no poder Executivo, como no Legislativo. Significa um passo a mais e, sobretudo, o reconhecimento de que é necessário que os cargos políticos sejam representativos da sociedade”.
Gláucia acredita que, o eleitor tenha se atentado mais em votar em mulheres neste ano, no sentido de promover uma mudança.
“É importante dizer também que as candidaturas femininas este ano foram mais reais. Infelizmente, temos uma cota de gênero que sempre é preenchida com menos mulheres. O 30% mínimo que temos, é para cada gênero e cada partido e é preenchido por laranjas. Todos os candidatos eleitos, perderam a eleição quando se constatou isso. Após essa modificação de postura do superior eleitoral, entendo que os partidos ficaram mais atentos e procuraram mulheres que efetivamente são atuante para serem candidatas. E isso possibilitou que o eleitor e os partidos prestassem atenção a essas mulheres”.
A procuradora afirma ainda que ainda que não seja o ideal, esse número fará diferença. “É importante que existam mulheres na Câmara de Vereadores, capazes de mostrar nas discussões um ponto de vista que tem uma vida diferente da vida masculina. É importante que nos mulheres participemos da discussão política, finaliza.
Fonte: O Bom da Notícia
