A Justiça retoma nesta quarta-feira (11), a audiência do caso Isabele, que tem acontecido de forma remota por videoconferência. Dessa vez, o juízo da 2º Vara da Infância e da Juventude vai ouvir testemunhas de defesa. A audiência acontece um dia antes do crime completar 4 meses, mesmo dia em que Isabele Guimarães Ramos completaria 15 anos. Hoje será ouvida a defesa da adolescente que atirou em Isabele.
Patrícia Guimarães Ramos, mãe de Isabele, está participando das audiências como assistente de acusação no processo, que ocorre no segredo de Justiça. Ao Gazeta Digital, ela afirmou que, por isso, não pode comentar sobre as audiências. Mas, ressaltou que tem sido um processo emotivo relembrar o crime, especialmente com a aproximação das datas.
“A audiência ocorre um dia antes do aniversário de 15 anos da minha filha, que é no dia 12. Mesmo dia em que completa 4 meses da sua morte. Então, é algo que eu tenho que levar para sempre e tem sido difícil nesses últimos dias”.
Essa é a terceira audiência do caso, que começou a tramitar no Judiciário no dia 20 de outubro. Testemunhas do crime já foram ouvidas, mas a autora do tiro, a menor de 15 anos, ainda não. Apesar de ela ter alegado desde o início que o disparo que matou Isabele ter sido acidental, investigação da Polícia Civil, com base nos dados da Perícia Oficial, apontam que não foi.
Quatro meses do crime
Isabele Guimarães Ramos, 14, foi morta com um tiro no rosto, em 12 de julho, quando estava na casa da melhor amiga, uma adolescente de também 14 anos na época do crime.
A amiga alegou que o disparo que matou Isabele foi acidental, no entanto, o inquérito da Polícia Civil concluiu que o homicídio foi doloso, ou seja, com intenção de matar.
A investigação durou 50 dias e autuou 4 pessoas, além da adolescente, que chegou a ser denunciada pelo Ministério Público Estadual (MPE), foi internada e passou menos de 16 horas no Pomeri, mas conseguiu liberdade.
O processo está em andamento na Justiça e corre em sigilo. Na última semana, o Ministério Público do Estado (MPE) denunciou o empresário Marcelo Martins Cestari e a esposa Gaby Martins Cestari, pais da adolescente acusada de matar Isabele, pelos crimes de homicídio culposo, corrupção de menor, porte ilegal de arma, fraude processual e entregar arma para menor de idade. Caso condenados, eles podem pegar mais de 15 anos de prisão.
Fonte: Gazeta Digital