Não é novidade a posição de líder nacional na produção de grãos e fibras de Mato Grosso, mas o ciclo 2019/20 encerra com novos recordes, consolidando como nunca sua pujança e importância no agronegócio mundial. Sozinho, o Estado está ofertando quase um terço de tudo que o Brasil produziu na temporada, são 74,95 milhões de toneladas).
O volume atual ultrapassa a colheita histórica do ano anterior, em 67,99 milhões, e acrescenta um avanço anual de 10,2% à série histórica local. É recorde sobre recorde no campo!
Os dados fazem parte do último levantamento de safra divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento para o ciclo 2019/20. A oferta mato-grossense cresceu nesse período duas vezes mais que a nacional.
O Brasil, com alta de 4,5% ante o ciclo passado, vai ofertar 257,83 milhões t e Mato Grosso, com 74,95 milhões t não apenas atesta novo recorde como representa 29% de toda a produção nacional.
A produtividade fez diferença no saldo mato-grossense. Enquanto a produção anual cresceu 10,2%, a área plantada foi ampliada em 6,4%, passando de 16,18 milhões de hectares para 17,21 milhões.
As três principais culturas de Mato Grosso – soja, milho e algodão – tiveram uma safra repleta de bons resultados, cotações e recordes. O milho, segunda safra, foi a que mais cresceu na variação anual, 11,7%, saindo de 31,30 milhões t para 34,95 milhões t.
Em seguida está o algodão em pluma, cuja expansão é de 9,6%, atingindo o volume recorde de 2,04 milhões t contra 1,86 milhões t do ano anterior.
A cultura de maior peso na renda e balança comercial do Estado, a soja, segue sendo o destaque. Cresceu 8,9%, batendo novo recorde com a oferta de mais de 35,88 milhões t ante 32,95 milhões t da safra 2018/19.
Há nove safras, Mato Grosso passava a frente do Paraná, então o maior produtor nacional de grãos. Da safra 2011/12 em diante o Estado veio ano a ano se superando e mantendo a posição de liderança, tendo a soja como principal aliada.
Completam o ranking nacional o Paraná com 41,09 milhões t, alta de 8,9%, Goiás, que se tornou o segundo maior produtor do Brasil, com 27,54 milhões t (+8,9%), seguido pelo Rio Grande do Sul, com 27,02 milhões t, queda anual de 24,8% e pelo Mato Grosso do Sul com outras 20,54 milhões t (5%).
No país, de uma safra para outra houve a adição de 11 milhões t. Essa evolução deve-se ao aumento de 4,2% na área plantada, aliado ao ganho de 0,3% na produtividade.
Ainda faltam os resultados das culturas de inverno, principalmente o trigo, que passam por etapas que vão da fase vegetativa à finalização de colheita.
Também contam para essa consolidação as culturas da região de Sealba (Sergipe, Alagoas e nordeste da Bahia).
Fonte: Diário de Cuiabá/Marianna Peres