Advogado Cleverson Campos Contó, acusado por várias mulheres por agressão, ameaças e estupros, informou que irá processar as “supostas vítimas” por extorsão e denunciação caluniosa. A defesa de Contó foi assumida nesta terça-feira (08) pelo advogado Eduardo Mahon que afirma que “tudo indica” que seu cliente “é vítima de uma articulação para extorquir recursos financeiros e driblar decisões judiciais que proíbem ex-relacionamentos de fazerem qualquer menção ao nome dele”.
Mahon convocou a imprensa para uma coletiva na manhã desta quarta-feira (09), quando o próprio Contó vai responder os questionamentos. Entre as mulheres que denunciam Contó está sua ex-esposa e uma ex-namorada.
A ex-mulher, Laryssa Moraes relatou em sua página no Instagram as agressões que afirma ter sofrido durante relacionamento com o advogado. Através dos stories, Laryssa revelou que está sendo ameaçada de morte por expor o caso e reforçou que decidiu não ficar calada nesse momento, em que outras mulheres denunciam terem sido vítimas de violências física, sexual e psicológica, cometidas pelo advogado. “Ele que quebrou o meu nariz, ele que deslocou minhas retinas, ele que pegou um pen drive e quis me estuprar com ele. Foi ele que fez tudo isso comigo”, contou.
“Eu não quero nem citar as condições em que fui agredida, por proteção mesmo, mas soco na cara, puxão de cabelo, empurrão de escada, batida de cabeça em quina. Eu apanhei porque não quis fazer uma salada. Era porteiro ligando pra saber se estava tudo bem, era vizinho encontrando e falando: “olha, nós estamos aqui. Se precisar de alguma coisa”, e eu me escondendo com os olhos roxos”, disse.
A outra vítima, a ex-namorada Mariana de Mello Vidotto, fez uma representação criminal contra o advogado, protocolada na sexta-feira (04) no Ministério Público. Na representação, pede a abertura de inquérito e a prisão de Contó. Mariana é ums das vítimas que está proibida, judicialmente, de citar o nome do advogado.
Na representação criminal, a qual o site Repórter MT teve acesso, ela conta que conheceu o agressor por meio de uma amiga em comum, no início de setembro do ano passado. No começo, o romance parecia um conto de fadas. Mas com o tempo, o príncipe se transformou.
Mariana passou a viver sobre um controle absoluto do acusado, além das constantes ameaças e xingamentos. Era impedida de ter amigos, contatos com familiares, além de, nas raras vezes em que ia fazer algum passeio ou ir à academia, tinha que a todo momento atender as ligações, mandar a localização, selfies, para provar que nenhum homem se aproximava, num ciúme doentio. Até que iniciaram as agressões físicas e atos sexuais forçados.
A vítima afirma que as agressões eram sempre sucedidas de pedidos de perdão, promessas de melhora, de tratamento psicológico, igreja, presentes e demonstrações de amor, flores.
Ela tentou romper o relacionamento, mas conta que o advogado a ameaçava. Por inúmeras vezes ele exigiu que os atos sexuais fossem gravados, impondo a vítima que exercesse papéis de prostitutas, que apanhasse, que contracenasse personagens bissexuais, e ameaçava divulgá-los. Até o dia que teve coragem e fugiu para a casa dos pais.
Além destas duas vítimas, há denúncias de outras mulheres que tiveram relacionamentos com o advogado e até de uma empregada doméstica.
Fonte: Midianews