O Jornal Folha de S.Paulo divulgou nesta quinta-feira (27) uma reportagem sobre comentários supostamente racistas feitos em um grupo de WhatsApp formado por empresários do ramo de cervejaria artesanal.
Um dos citados pela reportagem é Guilherme Jorge Giorgi, sócio da cervejaria Kessbier, de Nova Mutum. Comentando sobre o financiamento coletivo da cervejaria gaúcha Implicantes, fundada a gerenciada por negros, Giorgi postou a seguinte mensagem: “O Mapa [Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento] autoriza uma cervejaria negra? Não tem que ser branca, facilmente lavável, inox, etc.?”.
“Alguns dos textos mostram uma visão preconceituosa sobre o continente africano e associam a produção de cerveja à cultura europeia, portanto, exclusiva de brancos”, diz trecho da reportagem, que informa ainda que, após a repercussão negativa, o grupo, chamado “Cervejeiros Iluminati”, foi encerrado.
Procurado, o empresário se defendeu. “Foi uma expressão imatura de minha parte, em um momento muito, muito infeliz. No entanto, a frase dita estava dentro de um contexto de discussão maior e não considero que tenha sido racista”, disse Giorgi à reportagem da Folha.
“Me sinto na obrigação de me desculpar caso alguém tenha se ofendido, muito embora eu tenha feito a minha fala em um grupo fechado de discussão”, falou.
História
Fundada em 2013, a KessBier é a primeira cervejaria artesanal do Estado e uma das mais premiadas do Centro-Oeste.
A cervejaria conquistou vários títulos em concursos cervejeiros no País e na América do Sul.
A KessBier Marzen – que é uma cerveja puro malte e de baixa fermentação – faturou em 2015 a medalha de prata no Concurso Brasileiro de Cervejas em Blumenau (SC) e uma medalha de bronze na South Beer Cup, no Campeonato Sul-Americano de Cervejas, realizado em Mar Del Plata, na Argentina.
Fonte: Midianews