Um bebê de 10 dias morreu na tarde de segunda-feira (3), durante incêndio na casa em que morava com os pais e outros 6 irmãos, em Itanhangá (150 km ao Norte da Capital). A irmã mais velha, de 13 anos, conseguiu salvar os 5 irmãos menores, mas não conseguiu resgatar a recém-nascida. As causas do fogo estão sendo investigadas.
Segundo informações da Pastoral da Criança, que está dando assistência para a família, no momento do incêndio a mãe havia saído até o cartório para registrar a menina. O pai estava trabalhando e os menores estavam sob os cuidados da filha mais velha, de 13 anos.
A menor contou à representante da Pastoral que o fogo começou no forro. Os irmãos menores estavam dormindo depois do almoço, no mesmo quarto em que a recém-nascida.
Ao ver a chama, a menor resgatou os irmãos para fora da casa. Vizinhos viram o desespero da menina e tentaram ajudar, mas como a casa era de madeira, logo o fogo se alastrou. A recém-nascida ficou por último, mas os vizinhos impediram que ela voltasse para dentro da casa e a pequena morreu no incêndio.
Segundo a Pastoral, as crianças tem entre um ano e dois meses e 13 anos. Um dos pequenos machucou a cabeça enquanto era carregado pela irmã. Provavelmente bateu em algum lugar, pois havia um pequeno inchaço. A menina de 13 anos queimou os cabelos, ao enfrentar o fogo para salvar os irmãos.
O corpo da bebê foi levada para o Instituto Médico Legal (IML) de Sorriso (420 km ao Norte) para exames e posterior liberação para enterro, que deve ocorrer na quarta-feira (5). Ainda não há informações se o bebê morreu por inalar fumaça ou queimado.
Os pais chegaram logo depois do incêndio apagado. A mãe está desolada. O local onde vivem fica no Distrito de Simione, 30 quilômetros distante do perímetro urbano de Itanhangá. Não há Corpo de Bombeiros na região. A Polícia Civil foi chamada e investiga o caso.
A família ficou só com a roupa do corpo e a comunidade fez algumas doações durante a noite. No entanto, toda ajuda é bem-vinda. A casa em que moravam era alugada. Após o incêndio, todos foram “espalhados” na casa de parentes e ainda hoje devem se mudar para uma nova residência. Uma serralheria da cidade cedeu o imóvel para que possam recomeçar.
Vizinhos doaram roupas e alimentos para a família. Quem quiser ajudar pode fazer doações pelo telefone (66) 98418-5310. (Informações do Gazeta Digital)