O Pastor Silas Paulo de Souza foi reconhecido como Presidente da Assembleia de Deus do Campo de Cuiabá, nesta terça-feira (04), durante reunião geral da igreja.
O presidente eleito também indicou o Pastor Enésio Barreto Rondon como vice. Barreto era administrador temporário da Assembleia de Deus, após o falecimento de Sebastião Rodrigues, então presidente da Igreja e vítima da Covid-19.
A eleição aconteceu dentro da normalidade, apesar da decisão da juíza Olinda Castrilhon, que havia suspendido a assembleia geral no início desta tarde, pelo risco de contaminação do coronavírus.
A ação ajuízada por outro pastor e 1º Secretário da diretoria da Igreja, Nelson Barbosa Alves, citava a possibilidade de aglomeração de pessoas, diante dos 40 mil membros ativos da Assembleia de Deus.
No entanto, a capacidade de 23 mil pessoas do Grande Templo, localizado na Avenida do CPA, foi reduzida para atender às normas de biossegurança de combate à Covid-19. No local, houve aferimento de temperatura, disponibilização de álcool em gel e uso obrigatório de máscara.
Em contrapartida, ainda que os órgãos de saúde recomedem distanciamento de 1,5m entre as pessoas, a medida utilizada pela Igreja foi de apenas um metro. Também foi possível identificar fiéis que não respeitaram a distância.
O número de pessoas que participaram da eleição não foi divulgado. Também estiveram presentes a Polícia Militar e equipes da Secretaria de Mobilidade Urbana (SEMOB).
Ao HNT/HiperNotícias membros da Igreja relataram insatisfação com a condução do processo eleitoral. Segundo eles, muitos fiéis não puderam participar da votação por questões cadastrais.
“Foi um verdadeiro atropelo, às 17h30 as pessoas já não podiam mais entrar e vários membros foram barrados pois estão com os cadastros desatualizados e não constavam na lista de presença”, pontuou um fiel, que preferiu não ser identificado.
Os membros da Igreja também manifestaram descontentamento com o voto por aclamação. Durante o procedimento, o pastor Nelson Barbosa Alves pediu a palavra, mas teve o pedido negado.
Procurada pela reportagem, a Assembleia de Deus ainda não se manifestou sobre as declarações.
Fonte: PNB Online