Os dois veículos ocupados pelos seis homens que morreram em um confronto com o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) na manhã desta quarta-feira (29), em Cuiabá, ficaram crivados de bala.
A troca de tiros aconteceu no Jardim Itamaraty, por volta das 5 horas. Nenhum policial ficou ferido na ação.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver como o Fiat Uno e Corolla ficaram após o confronto. Nas imagens eles aparecem em cima de um guincho na Avenida da Prainha, na Capital. Há marcas de tiro nas portas, vidros e no capô dos dois veículos.
De acordo com a PM, o Corolla tinha vidros blindados.
Um dos que morreram era soldado da Polícia Militar. Ele foi identificado como Oacy da Silva Taques Neto, de 30 anos, e atuava no 3º Batalhão. Ele estava afastado das funções devido uma licença médica.
O outro morto era filho de um sargento da PM. Conforme apurou a reportagem, o rapaz foi identificado como Leonardo Vinícius Pereira de Moraes, de 24 anos. Ele usava tornozeleira eletrônica e tinha passagens por tráfico de drogas.
O grupo não atendeu a uma abordagem do Bope e atirou contra a viatura dos PMs, que revidaram, dando início a uma troca de tiros.
Um dos bandidos, mesmo baleado, tentou fugir entrando na mata, mas foi encontrado poucos metros do local do tiroteio, já sem vida.
Veja o vídeo:
Conforme o Olhar Direto já havia adiantado, o policial militar Oacy da Silva Taques e Leonardo Vinícius de Moraes Alves, filho de um sargento da PM estão entre os mortos no confronto. Também morreram Gabriel de Paula Bueno, Jhon Dewyd Bonifácio de Lima, André Felipe de Oliveira Silva e William Diego Ribeiro Morais.
De acordo com a Polícia Militar, os seis homens estavam em dois carros (Corolla blindado e Uno) e atiraram contra a viatura do Bope durante uma perseguição.
Ao Olhar Direto, o tenente-coronel Ronaldo Roque da Silva, comandante do Bope, disse que os bandidos estavam sendo monitorados desde a última terça-feira (28). No local onde os criminosos foram mortos, os PMs encontraram três revólveres e a mesma quantidade de pistolas.
No boletim, registrado na central de flagrantes da Polícia Civil, o sargento da PM, pai de um dos homens mortos, explicou que guardou a arma em seu quarto, por volta das 22h de ontem e que às 07h desta quarta-feira percebeu que a pistola não estava mais no local e nem o filho havia sido localizado.
Toda ação está sendo investigada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), sob o comando do delegado Caio Albuquerque.