Em suas andanças pelas comunidades rurais de Chapada dos Guimarães, a Vereadora Cidú descobriu um tesouro. Ai visitar um casal de produtores em Jangada, ela foi recebida com doce de leite e um delicioso queijo fabricados na propriedade. Ao invés de vender o leite in natura como normalmente se faz, o senhor Adão Guarim e a esposa Estanislaa Riveros, de nacionalidade paraguaia, agregaram valor à produção beneficiando o leite produzido.
A produção de queijos e doces ainda ocorre em pequena escala, até porque o produtor só tem sete vacas leiteiras, mas os produtos são de ótima qualidade, e a prova disso é que o senhor Adão já tem clientela formada. Tudo o que ele e a família conseguem produzir é vendido em Cuiabá e Chapada dos Guimarães, por encomendas, uma vez que a venda em feiras ainda não foi liberada devido às precauções contra a pandemia da doença causada pelo novo coronavírus (Covid-19).
Para a Vereadora Cidú, a iniciativa desse pequeno produtor é louvável e tem tudo para prosperar. “O senhor Adão e a família dele servem de exemplo para outros pequenos produtores da região, que também lutam para sobreviver. Essa experiência no empreendedorismo nos mostra que, com esforço e sabedoria, é possível diversificar a produção e melhorar a renda. Parabéns, senhor Adão!”, disse a Vereadora, desejando a ele todo sucesso no empreendimento.
Adão Guarim diz que tudo que o conquistou até agora foi com muita luta e limitações financeiras. Revela que foi ajudado pelo Banco Sicoob, que lhe lhe concedeu um financiamento. O dinheiro foi bem aplicado, e hoje ele sustenta a família com maior tranquilidade. Além da esposa, ele tem duas filhas, e toda a família ajuda na produção.
Na fabriqueta do senhor Adão já foram investidos mais de 25 mil reais, e ainda faltam algumas coisas, como um fogão com exaustor, uma prensa e uma salga, nada muito caro mas tudo muito importante para a fabricação de queijos. A salga, por exemplo, é um componente primordial, que, além de dar sabor ao queijo, tem também a função de auxiliar na preservação do produto, inibindo o crescimento de microrganismos e facilitando a saída do soro e a formação da casca. Entretanto, conforme explicou o produtor, todos esses equipamentos já estão sendo providenciados.
Mas os projetos desse produtor não acabam aqui. Muito esforçado e determinado, ele sonha com a possibilidade de poder ampliar seus conhecimentos, e por isso ainda pretende fazer um curso de fabricação de queijo colonial. Atualmente ele produz queijo de meia cura, que é aquele nem fresco nem curado, normalmente produzido com leite cru.
O termo cura diz respeito ao ponto de maturação do queijo. Após a sua fabricação, o queijo fica em “descanso”, que é o chamado momento da maturação. Eles são colocados em estantes de madeira e virados para realizarem o processo em ambos os lados. É aqui que o queijo adquire as suas características próprias, incluindo as locais, que diferenciam o queijo de região para região.
Luiz Perlato/Especial para a Vereadora Cidú