Mendes nega ter subestimado doença, mas admite situação crítica

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O governador Mauro Mendes (DEM) negou, em entrevista à CNN Brasil nesta semana, que tenha subestimou a gravidade do novo coronavírus, a Covid-19, que tem disparado no número de caos em Mato Grosso.

O questionamento ocorreu porque, em participações anteriores na emissora, Mendes teria, no entendimento dos jornalistas, apresentado uma postura de maior tranquilidade em relação ao novo vírus.

“Não subestimei a doença. O vírus não respeita nenhuma fronteira geográfica. Lamentavelmente, é um movimento natural do vírus, ele não respeita barreiras. Por mais que a gente faça o dever de casa – e nós temos feito isso – vivemos, sim, um momento crítico”, disse.

Ele chegou a comparar a situação vivida atualmente no Estado, como a que já ocorreu, por exemplo, em Manaus e Fortaleza. Números mostram que Mato Grosso está entre os 9 Estados com maior número de novos casos e óbitos por conta do vírus.

“O que precisamos neste momento é concentrar energias para abrir mais leitos. Estamos abrindo nas próximas semanas. O Governo e as prefeituras também. E, além disso, fazemos uma aposta nas medidas preventivas, que seja o medicamento jpa nos primeiros sintomas ou o distanciamento social. Este último, que é um remédio amargo, mas eficiente”, disse Mendes.

Leitos x atividades econômicas

Ainda durante a entrevista, foi citada uma declaração de autoria do governador dando conta de que era mais barato abrir leitos do que fechar a economia do Estado.

Mendes, então, foi questionado se ainda tinha esse entendimento.

“Fechar a economia não é um problema só econômico. Se fosse só um problema de diminuir arrecadação do Governo, isso a gente poderia tranquilamente suportar, relevar a segundo plano. Quando você fecha drasticamente a economia, causa danos terríveis na vida das pessoas. Não é uma coisa contra a outra”, respondeu o governador.

Segundo ele, o Governo tem a preocupação de abrir leitos para receber pacientes com a doença, mas também evitar que empresas – especialmente as de pequeno e médio porte – fechem suas portas, de modo a elevar o desemprego no Estado.

“O desemprego é muito dolorido. Muita gente morre de fome. Muita gente tem suas vidas arruinadas, porque perdem o emprego. Essas mortes também são muito doloridas assim como cada vida que se perde em decorrência da doença. Não podemos colocar uma coisa contra a outra. Lamentavelmente, todos os leitos que abrimos não foram suficientes para o nível de contaminação que tivemos até o momento”, concluiu.

Fonte: Midianews