O vereador de Cuiabá, Vinícius Hugueney (Solidariedade), apresentou nesta terça-feira (14) um Projeto de Lei para inserir as atividades físicas, incluindo academias, como serviços essenciais à população.
Por conta de decretos, as academias de ginásticas, bem como qualquer modalidade esportiva, foram proibidas de funcionar há cerca de 4 meses em Cuiabá como forma de conter o avanço da pandemia do coronavírus.
O Conselho Regional de Educação Física da 17ª Região (CREF17/MT) classificou o projeto como de “extrema relevância para os profissionais de Educação Física, empresários do ramo e cidadão em geral”.
O projeto visa garantir a essencialidade da atividade física e do exercício físico, do funcionamento de estabelecimentos de serviços destinados a essa finalidade, bem como da utilização de espaços públicos pela população cuiabana.
“Não existe dúvida de que a prática de atividade física contribui, sobretudo para a manutenção da saúde, aumenta a imunidade das pessoas, reduz a depressão, segundo estudos já confirmados, e diminui o estresse. A prática periódica de atividades físicas e exercícios físicos ao ar livre, respeitadas as recomendações sanitárias, de higiene e convívio social pelas autoridades, são estimuladas tanto pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como pelo Ministério da Saúde, basicamente porque o bom condicionamento físico está diretamente associado a melhor ativação do sistema imunológico em seres humanos”, defende o vereador.
O presidente do conselho, Carlos Alberto Eilert, espera a aprovação do projeto, que deve ser apresentado nesta terça-feira (14.07) aos demais vereadores e cita algumas leis, como a legislação do Sistema Único de Saúde e a portaria do Ministério da Saúde de número 218/1997, que reconhece o profissional de educação física como profissional da saúde.
“É importante que todos saibam e aqui reforçamos que a prática de atividades físicas orientadas, programadas e planejadas ganham ainda maior importância nesse momento de pandemia e isolamento social. Se somos profissionais da saúde, se somos reconhecidos e comprovadamente atuamos nessa área, não entendemos o porquê as autoridades ainda insistem em não liberar esses profissionais para atuarem, além dos estabelecimentos que oferecem a execução dessas atividades”, finalizou Eilert.
Fonte de disseminação
Atividades em ambientes fechados podem fornecer alto contágio do vírus. É o que diz uma pesquisa feita pela Universidade de Dankook, na Coreia do Sul. Segundo estudo, a atmosfera úmida e quente dos locais fechados das academias, justamente com o fluxo de ar gerado por atividades físicas de nível intenso, podem causar trasmissão mais densa de gotículas isoladas.
Uma outra pesquisa feita no Japão com 3.184 pacientes confirmados com coronavírus e o local onde foram contaminados aponta que, além de hospitais, bares, restaurantes e academias são considerados os ambientes mais favoráveis para a disseminação do vírus. O estudo foi publicado no jornal científico Emerging Infectious Diseases.
Fonte: PNB Online