Com a voz embargada e tentando disfarçar as lágrimas, o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, disse que Deus lhe confiou a missão de estar à frente da pasta para ajudar o estado durante a pandemia da Covid-19, o coronavírus. Ele esteve na Assembleia Legislativa na manhã desta quarta-feira (27), a pedido dos deputados, para fazer um balanço das ações que estão sendo realizada em Mato Grosso, no combate e enfrentamento à doença que já matou 43 pessoas e contaminou quase 2 mil até o momento.
O motivo das lágrimas foi uma Moção de Aplausos entregue a ele, de autoria do deputado estadual Carlos Avalone (PSDB), que elogiou o trabalho do gestor e toda equipe que estão na linha de frente nesse período epidêmico que envolveu o estado no final do mês de março, com índice cada vez maior de contaminação afetando quase 50% dos municípios mato-grossenses.
Durante a fala, o secretário pediu desculpas aos deputados, alegando que é impossível corresponder a todas as expectativas diante de um momento tão crítico provocado pela Covid-19, que provocou crise financeira no estado e desestabilizou milhares de famílias.
“Eu recebo milhares de mensagens por dias. Centenas de telefones que eu não consigo dar respostas no momento e no modo que as pessoas querem, inclusive os senhores. Sempre que possível procuro retornar, mas não é possível fazer isso no mesmo tempo. Muitos casos, eu não correspondo, mas peço a compreensão de todos e peço desculpas se por algum motivo não consegui dar resposta tão célere. Peço a Deus que continue nos abençoando, nessa convergência para que possamos fazer essa travessia e levar a maioria dos mato-grossenses do outro lado, de preferência todos vivos e com saúde”, concluiu Gilberto, que foi aplaudido pelos deputados que participaram da sessão de forma presencial.
Pico da contaminação
O secretário de Saúde fez um alerta aos deputados, ao dizer que o pico de agravamento do coronavírus ainda nem começou. Como dito em falas anteriores, Gilberto informou que se o isolamento não for priorizado neste momento em que a curva epidemiológica mostra crescimento considerável, com a chegado do frio, os boletins epidemiológicos poderão apresentar diariamente números ainda maiores de contaminação e mortes em decorrência da doença que já afetou mais de 50 cidades, além de contabilizar mais de 40 óbitos, conforme relatório sanitário divulgado pela Secretaria de Saúde.
Fonte: Hipernotícias