Venda de medicamentos associados à covid dispara nas farmácias

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As vendas nas farmácias da hidroxicloroquina e da cloroquina aumentaram 103,19% em Mato Grosso nos primeiro três meses de 2020, em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com pesquisa realizada pela consultoria da IQVIA.

O medicamento, mesmo sem comprovação científica da sua eficácia, tem sido utilizado de forma combinada com outros remédios para tratamento da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

Os números apontam também para o crescimento em Mato Grosso no consumo do paracetamol, com um aumento de 141,41% nas vendas. O consumo desse medicamento em março de 2019 foi de 52.946, e em março deste ano subiu para 217.609.

No caso do Ibuprofeno, as vendas caíram em -2,86%, provavelmente porque o medicamento foi relacionado ao agravamento de casos da covid-19. Também foi identificado aumento de demanda pelo medicamento com o colecalciferol como princípio ativo, a chamada vitamina D.

O aumento nas vendas da substância foi de 33,26%, o consumo desse remédio em março de 2019 era de 23.560 e em março deste ano subiu para 40.413.

Após ser decretada a pandemia pelo novo coronavírus, as vendas das vitaminas C, remédios para febre e dor, também dispararam e tiveram um aumento de 50% nos três primeiros meses de 2020.

O levantamento mostra que houve um aumento de 77% nas vendas de paracetamol no país, 54,56% nas vendas da dipirona e mais de 180% de aumento na comercialização da vitamina C (ácido ascórbico), em todo o Brasil.

O presidente do Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso, Iberê Ferreira da Silva Junior alerta que todos os medicamentos oferecem riscos, mesmo os isentos de prescrição médica.

“Os analgésicos por exemplo, costumam ser usados para aliviar dores de cabeça ou dores no corpo”. Porém, eles podem apresentar efeitos colaterais e colocar a vida da pessoa em risco”, afirma o presidente.

As fakenews foram os principais meios de difusão de medicamentos com promessa de cura ou prevenção ao coronavírus, como foi o caso da vitamina C (ácido ascórbico) que foi responsável pelo aumento de 134,34% em Mato Grosso, entre janeiro e março deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado.

Fonte: PNB Online