Mato Grosso tem hoje 600 servidores estaduais da Saúde afastados de suas atividades seja por fazer parte do grupo de risco da Covid-19 (o novo coronavírus), por possuírem algum tipo de comorbidade ou por terem sido acometidos pela doença.
Os dados foram revelados na manhã desta quarta-feira (22) pelo secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, em coletiva de imprensa por meio das redes sociais.
Segundo ele, ao menos 40 profissionais da área testaram positivo para a Covid-19, o que é considerado um número substancial, já que Mato Grosso sequer atingiu o pico da pandemia.
Os profissionais da saúde são os mais vulneráveis. São eles que fazem a recepção de primeiro plano aos pacientes que vão procurar a unidade hospitalar, seja na atenção básica ou nas unidades de referência”, disse Figueiredo.
“Dos 40 profissionais infectados, não quer dizer que todos estão hospitalizados. De servidores do Governo do Estado temos 2 hospitalizados. Outros estão em quarentena em casa, sendo acompanhados”, acrescentou.
Segundo ele, assim que um servidor recebe diagnóstico positivo, toda equipe daquela unidade hospitalar em que ele trabalha também é submetida a teste.
Locação de hotel
Ainda durante a coletiva, o secretário revelou que o Estado fez a locação do Hotel Fazenda Mato Grosso, ao custo de R$ 200 mil ao mês, para receber profissionais diagnosticados com Covid-19 e que não têm condições de ficar em quarentena em suas residências.
Esse hotel – que até o momento não recebeu nenhum servidor – abrigará somente aqueles que não precisarem de internação hospitalar.
“Tomamos essa medida porque as estatísticas mostraram que há um grande número de profissionais que acabam sendo infectados ao longo da epidemia. Esse profissional, se infectado no ambiente de trabalho, na volta para casa poderia significar a infecção na família”, justificou.
“São 50 apartamentos disponíveis aos profissionais de saúde que forem infectados. Se essa pessoa conseguir fazer a quarentena em casa com segurança, ok. Se não tiver como, terá esse hotel para atender”.
Ainda segundo Figueiredo, um segundo hotel deverá ser contratado para atender profissionais que não tenham contraído a doença, mas que possuam algum familiar infectado em casa.
Fonte: Midianews