O laudo emitido pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) nesta sexta-feira (17) apontou que a adolescente Anna Luiza Nunes do Carmo, 13 anos, estava grávida quando foi morta a pauladas e tijoladas na cabeça no início de abril.
O resultado do exame endossa a hipótese investigada pela Polícia Civil de que a menor teria sido morta por um adolescente de 15 anos com quem se relacionava. A motivação do crime teria sido justamente o descontentamento do rapaz com a descoberta da gravidez.
Ao HNT//HiperNotícias, o delegado Nilson André Farias de Oliveira, que está à frente das investigações, apontou que o menor estaria envolvido com uma outra menor da cidade e por isso não recebeu bem a notícia da gravidez.
“Ele não queria perder o novo relacionamento. A menina [do novo relacionamento] é de uma família que tem uma condição financeira, de uma família tradicional na cidade”, disse o delegado.
Por conta da confirmação de que Anna Luiza estava grávida, o menor, que já está preso no socioeducativo, poderá responder por novos crimes pela Justiça, computando a sua pena os agravantes de aborto e estupro.
“Pela investigação, dando positivo agora, além do crime de feminicídio e do homicídio qualificado por dificultar a defesa da vítima, do ato infracional análogo, agora ele vai responder por ato análogo ao crime de aborto e estupro por que ela era menor de 14 anos”, apontou Nilson André.
O crime
A adolescente desapareceu de casa no dia 31 de março e sua família registrou um boletim de ocorrência no dia primeiro de abril. Câmeras de segurança próximas de onde a menor morava flagraram o momento em que Anna Luiza passou pela rua sozinha às 01h.
No dia dois, o corpo da menor foi encontrado em um terreno baldio atrás de um ginásio. A Politec esteve no local e apontou que os restos mortais da adolescente apontavam para morte por espancamento com diversas lesões na cabeça.
Posteriormente, o menor foi apreendido e confessou ter praticado o crime. Diante da confissão, a Justiça encaminhou o adolescente, que já tinha registros criminais anteriores, para o socioeducativo.
Fonte: Hipernotícias