A Defesa Civil de Cuiabá – ligada à Secretaria Municipal de Ordem Pública – orienta a população a redobrar os cuidados neste período de fortes chuvas na Capital, que compreende os meses de dezembro a março, principalmente em áreas com risco de alagamentos e deslizamentos. O coordenador operacional, tenente-coronel Paulo Selva explica que o órgão trabalha com duas métricas essenciais de acompanhamento.
A primeira checagem é feita considerando o volume de chuva acumulado durante um período mensal. Neste mês, até a data de hoje (10) o acumulado chegou a 120 milímetros, em comparação com a média histórica de 210 milímetros (registrada nos últimos dez anos). Já no mês de janeiro, os dados coletados apontaram nível abaixo da média histórica que era de 220 milímetros, registrando 130.
“Estamos no 10° dia do mês e é bem provável que atinjamos essa meta pelo monitoramento que estamos fazendo. Com isso, conseguimos alertar à população, principalmente os ribeirinhos e àqueles que vivem em áreas de risco”. A segunda métrica fica no Rio Cuiabá, na Orla do Porto, onde diariamente as equipes realizam o monitoramento. Até o momento, os dados coletados apontam que o nível do rio chegou a 2 metros e a cota de alerta é de 8,5 metros.
Segundo o coordenador, é importante que as pessoas mantenham-se alertas ao menor sinal de incidentes, e acionem o socorro e procurem abrigo seguro até que o resgate chegue ao local.
“É essencial que diante de uma situação de iminente perigo as pessoas mantenham a calma, procurem locais seguros e acionem os órgãos competentes para o devido socorro. Evite se locomover pelas enxurradas, não se abrigue ou estacione debaixo de árvores, e também não utilize equipamentos elétricos no caso de eles estarem molhados ou em locais úmidos, por causa das descargas elétricas. Isso são alguns cuidados que protegem a vida diante de uma tempestade,” orienta.
Selva ressalta ainda a importância de conscientizar à população quanto aos cuidados com o descarte incorreto do lixo. “Trabalhamos em conjunto com os demais órgãos de proteção e resgate no objetivo maior, que é resguardar a vida das pessoas. E para que isso seja mantido, precisamos da colaboração de todos. Um ponto crucial é a conscientização como mecanismo de proteção, que começa antes destes períodos considerados críticos, como não jogar lixo nas ruas, pois esse lixo acaba indo para a rede de esgoto, causando entupimento dos bueiros, assoreamento ou enchimento da rede fluvial. Cada um precisa fazer sua parte para que tanto o meio ambiente e a vida sejam preservados,” ressaltou.