Uma ação do Serviço de Inteligência da Polícia Militar de Mato Grosso, em conjunto com a PM de São Paulo, levou à captura do ex-cabo da Rotam, Helbert de França Silva, de 41 anos, que estava foragido da Justiça há um mês. A prisão ocorreu no início da tarde desta quarta-feira (6), em Diadema (SP).
O ex-cabo foi condenado a mais de 100 anos de prisão acusado de envolvimento em um grupo criminoso que cometeu homicídios no Estado. O grupo foi investigado na Operação Mercenários, deflagrada em 2016.
Ele teve decretada a perda do cargo público e estava preso no Batalhão da Rotam.
No momento da prisão, Helbert estava na casa de um parente, junto com a mulher. Os dois estavam de malas prontas, levantando suspeitas de que poderiam estar fugindo para outro local. Ao ser abordado, Helbert de França se apresentou com outro nome, usando a identidade do irmão.
Desde a data da fuga, em 6 de outubro, o Serviço de Inteligência estava empenhado no levantamento de informações e buscas com a finalidade de localizar o ex-policial.
Denúncia de que Helbert de França poderia ter deixado Mato Grosso em um carro locado ampliou as possibilidades de buscas e permitiu o monitoramento por sistemas de controle de circulação de veículos em rodovias.
Após cruzamento de dados, análises de vínculos e levantamento de outras informações, com apoio de outros órgãos, entre os quais a Polícia Federal, a Diretoria de Inteligência da PM chegou à conclusão de que ele poderia estar em Diadema.
A PM solicitou o apoio do Centro de Inteligência da Polícia Militar de São Paulo, indicando os locais onde o ex-cabo poderia estar escondido.
Julgamento
O ex-policial militar fugiu da Rotam 11 dias antes de ser mais uma vez julgado por mais um crime de homicídio, no Fórum de Cuiabá.
Em julho deste ano, o ex-militar já havia sido condenado a 75 anos de prisão pelo homicídio de três pessoas e mais uma tentativa contra uma quarta no dia 13 de abril de 2016, em Várzea Grande. O crime ficou conhecido como “Chacina do Cristo Rei”.
Em junho, o ex-cabo também já havia sido condenado a 30 anos pela morte de Luciano Militão da Silva e por tentativa de homicídio contra Célia Regina da Silva.
Fonte: Midianews