Os servidores da rede estadual de Educação votaram novamente na tarde desta sexta-feira (12), pela manutenção da greve. A decisão foi tomada durante assembleia da categoria que foi agendada para às 14h, na Escola Presidente Médici, na Capital.
Os profissionais estão parados desde o dia 27 de maio e nesta sexta-feira, o movimento completa exatos 47 dias.
Durante a ação, os representantes dos trabalhadores apresentaram a proposta do governo que seria pagar os pontos cortados em duas parcelas, além de realizar reuniões quadrimestrais com o sindicato a fim de comprovar a situação econômica e enquadrar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) com intuito de pagar pela lei da dobra. A lei dá direito a 7,69% a mais anualmente na remuneração durante 10 anos, bem como a Revisão Geral Anual (RGA).
Uma audiência de conciliação também foi realizada no Núcleo de Solução de Conflitos do Tribunal de Justiça de Mato Grosso na última segunda-feira (8).
Na conversa, representantes do governo garantiram pagar o reajuste aos profissionais assim que estiver abaixo do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e propôs parcelamento do salário que foi cortado durante a greve.
Já na quarta-feira (10), o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT), Eduardo Botelho (DEM), encaminhou ao governador Mauro Mendes (DEM), um ofício com a proposta de reajuste dos professores na intenção de encerrar a greve.
De acordo com o documento, 18 deputados sugeriram o aumento de forma escalonada. Sendo a primeira de 2,6% na folha salarial de agosto, a segunda de 2,6% (em novembro) e a última de 2,49% em fevereiro do próximo ano.
Porém, durante coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira, Mauro Mendes afirmou que rejeitou a proposta dos deputados.
“Estamos de mãos atadas. Já respondemos a AL da mesma forma que dissemos para todos. Existe uma Lei Federal que é superior às estaduais e diz claramente que estamos estourando o limite de gastos com pessoal. Não temos condições. Se obstruir a pauta mudar a LRF ou fazer entrar mais dinheiro não temos mais problemas. Agora, nada disso aconteceu. Estamos aqui para ouvir e decidir em cima da verdade e de fatos concretos. Não posso ser e não seremos uma administração irresponsável, que vai ficar dando cheque sem fundo autorizando novos gastos”, finalizou.
Fonte: Cuiabano News