Arena Pantanal e reabertura dos museus serão prioridade para Secretaria de Cultura

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Novo governo, novas prioridades. A partir do próximo dia 1 de fevereiro, o deputado estadual Allan Kardec assume a cadeira de secretário de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), e, dentre suas prioridades, estão fazer todos os reparos necessários na Arena Pantanal e colocá-la para funcionar, com jogos importantes dos campeonatos nacionais, e reabrir os museus – calcanhar de Aquiles da cultura nos últimos anos. O primeiro deles, segundo Allan, será o Museu de Arte Sacra, que deve abrir as portas já em fevereiro.

Na última segunda-feira (7), Allan conversou com o Olhar Conceito e falou sobre a situação da pasta, a união com o esporte (que, antes, era uma secretaria adjunta da educação), o convite para ser secretário e os desafios e prioridades a enfrentar. Criticou e elogiou medidas da última gestão, e pediu um ‘crédito’ para o novo governo.

Leia a íntegra da entrevista:

Olhar Direto – Como foi o convite para ser secretário?

Allan Kardec – Ainda na época da campanha, quando nós organizamos as equipes pra trabalhar na campanha do Mauro eu cuidei de algumas áreas pra que ele fosse apresentado por setores. Muito foco na educação, fizemos dez reuniões no Estado todo com os profissionais de educação, e os outros dois segmentos, que nós também conseguimos organizar, foi a questão do esporte e da cultura. E um quarto segmento é o turismo, mas o trade também tem vida própria, né? Mas nós fizemos grandes reuniões. Inclusive com demandas específicas pra essas áreas. Então acho que, na cabeça do governador, o fato de a gente ter andado com ele no estado todo e dialogando com ele a questão da educação, da cultura e do esporte, ficou gravado na cabeça dele que a gente teria condição de gerir essas pastas, né? Tanto é que depois que acabou a campanha, na transição, foram as pastas que eu também dei minhas contribuições: educação, cultura e esporte.

OD – E quando foi o convite formal?

AK – Foi uns quinze dias antes da posse. A gente ainda estava estudando os nomes, ele teria interesse em trazer pelo menos um deputado da Assembleia Legislativa. Nós fizemos uma chapa grande, fomos 44 candidatos na chapa majoritária pra deputados, na chapa do candidato à governo, dos quais éramos 14 deputados estaduais. E a gente tinha certeza que pelo menos quatro deputados estaduais eleitos ficariam de fora. E nesse diálogo com o governador ele nos fez o compromisso de que pelo menos um deputado ele traria pra compor a equipe, de acordo com o perfil. Uma questão de diálogo que fizemos com ele na composição daquela chapa. Nós fizemos nove deputados. Então cinco ficaram de fora. Mas o Mauro fez um diálogo conosco, aparentemente ele tinha três nomes, seria eu pra uma dessas áreas sociais, educação, cultura, turismo e esporte, e o deputado Silvano também foi sondado, ele acabou ficando na suplência, ele tem uma experiência na gestão, oito anos secretário de planejamento, orçamento e finanças no município de Sinop, e o deputado Dilmar Dal Bosco também, muito ligado ao setor produtivo, também teve alguma sondagem. Então teve uma escolha entre nós, mas ele ficou muito livre e acabou vindo o convite pra mim pra assumir a pasta, e a gente topou.

OD – Tem uma conversa de que isso seria uma articulação do MDB pro Romoaldo assumir na Assembleia. Isso é verdade?

AK – Não. Poderia ter sido outro deputado que ficaria na suplência, poderia ter sido eu. A diferença entre eu e Romoaldo foram de 200 votos. Poderia ter sido um deputado do PSD. Hoje o Toninho de Souza também está na primeira suplência, na realidade é o Toninho, então não teve nada articulado com o próprio MDB, foi articulado com a chapa em si. Nós somos cinco partidos, e pra composição da chapa a gente fez esse pedido. O governador ficou de analisar, ele poderia muito bem também não ter chamado.

OD – Neste primeiro momento, como está o orçamento da pasta?

AK – Nós estamos com uma nova LOA sendo entregue amanhã (8/1). A nova estruturação do nosso orçamento, e a reestruturação do nosso administrativo, com um enxugamento de 24 pra 15 secretarias. O que a gente tinha discutido com o governador, e vamos cobrar na Assembleia Legislativa, é que a gente tenha o mínimo, e desse mínimo a gente tenha o compromisso da execução. O que aconteceu na cultura e no esporte na gestão passada, é que não conseguiu executar o que estava planejado. O Esporte tinha um planejamento orçamentário de 24 milhões. Executou 12 milhões de reais, deixando de realizar jogos escolares, jogos estudantis, pequenos reparos na própria Arena, no Aecim Tocantins, na piscina olímpica, não pagou bolsa-atleta… ficaram devendo os convênios com as federações, então a gente passou maus momentos no esporte. E na cultura a mesma coisa. Não abriu museu, ao contrário, o movimento SOS Museus virou um movimento nacional. Os editais, a gente não conseguiu cumprir, ficou fechado aqui, enclausurado a cultura durante muito tempo. No finalzinho o professor Gilberto Nasser conseguiu dar uma destravada e a classe artística passou, então,a ter um pouquinho mais de esperança.

Então como nós estamos tocando hoje: tem uma lei estadual que nos garante 0,5% da receita corrente líquida do Estado. Está programado que a gente vai arrecadar entre 14 e 15 bilhões reais. E a gente vai cobrar esse 0,5, que daria uns 70, 75 milhões reais pra cultura. Hoje o orçamento está 45. Então, levando pra 75 e a gente conseguindo executar isso, acredito que nós não vamos ter dificuldade de entregar bons serviços na área cultura. E o esporte a ideia é que a gente repita o orçamento do ano passado, que é de 24 milhões, mas nós temos toda uma questão diferente no esporte que é a Arena Pantanal. A Arena Pantanal nos custa muito caro. E esse ano é um ano especial pra Cuiabá e pra Arena Pantanal. Esse ano tem 19 jogos da segunda divisão. Vou dialogar com o Aron e toda a diretoria do Cuiabá Esporte Clube, a gente quer que o Cuiabá seja um parceiro nosso nesse ano de 2019. Acho que a Arena, depois da Copa, vai cumprir seu papel, ter público, ter jogos televisionados… o Brasil vai estar aqui. Então a gente espera que até fevereiro, quando começa o Campeonato Brasileiro da segunda divisão, a gente possa entregar uma Arena Pantanal legal pro próprio Cuiabá. Por exemplo: nós não temos alvará sanitário, de bombeiro, de funcionamento… o nosso telão só funcionou na Copa, nosso sistema de sonorização interno, que é moderníssimo, só funcionou na Copa e não funciona mais. O gramado já está deteriorado… o entorno da Arena também está deteriorado, então qual que é a nossa expectativa: que agora, nesse mês de janeiro a gente consiga ter o alvará, consiga melhorar o ambiente,e fazer essa parceria com o Cuiabá Esporte Clube, pra que a gente possa entregar a Arena pro seu público fiel, que é o público do futebol, e a gente espera que Cuiabá também, nos 300 anos, tenha uma arena funcionando legal.
– Qual sua opinião sobre ter unido cultura, esporte e lazer? Isso favoreceu a pasta, por trazer mais dinheiro, ou prejudicou?

O esporte e a cultura são áreas que tem muita convergência. E infelizmente em alguns governos são as duas áreas que são o patinho feio do governo. ‘Ah, é só gasto com esse pessoal da cultura… é só gasto com esse pessoal do esporte…’ Mas é muito mais que isso, é um investimento. E por ser duas áreas que eu acredito que se convergem, é legal andarem juntas. Na abertura dos jogos tem espetáculos, a gente pode colocar uma orquestra, a gente pode encerrar com um desfile, a gente pode colocar numa semifinal de um campeonato, que vai estar no Brasil todo, uma galeria de exposição de um artista plástico local… a gente consegue trabalhar no mesmo palco. Então acho que isso é legal. E a gente acaba tendo o mesmo público consumidor. Aquelas pessoas que vão consumir a cultura, consumir o lazer, consumir o esporte, é quem precisa receber esse tipo de atendimento.

E aí, o que eu penso que pode ser difícil caso a gente não tenha um diálogo bom com a educação (que eu não vejo problema): metade do que a gente investe em esporte em Mato Grosso é derivado do esporte escolar. É do esporte na escola, é do desporto educacional. E parte do pessoal que estava lá na Secretaria, vinha da Seduc. Como o esporte era um adjunto da Seduc a gente tinha facilidade de contratar profissional de educação física, a gente tinha um pouco mais de facilidade orçamentária, até porque a Seduc é uma das maiores secretarias em orçamento. Nós vamos precisar desse entendimento com a secretaria de educação, a gente vai precisar ainda ter esse apoio, porque nós vamos pra dentro das escolas. Nós temos várias escolas plenas, nós temos a Escola Arena, temos o projeto Esporte na Escola, que a gente não pode, agora, abortar esse projeto e começar do zero. Então, a única dificuldade que eu vejo, se não existisse essa possibilidade de parceria com a educação, seria isso: o desporto escolar perderia. Mas eu não vejo essa dificuldade, a gente tem dialogado com o Pivetta e com a professora Maria Euneide, vamos manter o projeto Esporte na Escola, e a nossa expectativa é que a gente consiga entregar algo que já há algum tempo não tem. Por exemplo, os jogos estudantis de seleção, tem dois anos que não se realiza, os jogos escolares da juventude, ano passado não aconteceu… a gente está aí devendo árbitro, devendo premiação, enfim. A situação não é boa. Nós vamos ter que aguardar esses primeiros dois, três meses pra poder ter certeza daquilo que vamos conseguir entregar. Mas nós temos prioridades. Eu não acredito que o governador tenha convidado um deputado estadual reeleito, com condição de fazer um bom trabalho na Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, e a gente não vá ter essa condição orçamentária.

OD – Você terá um adjunto para cada uma dessas áreas? Como foi a escolha?

AK – São dois secretários adjuntos. Já foram escolhidos. O secretário de cultura é o Paulo Traven. O grupo que acompanhou o governador, tanto na Prefeitura de Cuiabá, quanto no processo de campanha e na transição, [o grupo] está muito consolidado e o nome do Paulo é muito tranquilo nisso. A gente tinha feito uma sondagem com o maestro Fabrício Carvalho, da UFMT, inclusive ele foi cotado, eu defendi o nome dele pra que assumisse a pasta, ele foi chamado, mas preferiu ficar na UFMT, na Orquestra e ajudar a gente no que for preciso. Então hoje, na cultura é o Paulo Traven.

E no Esporte e Lazer nós tínhamos o nome do professor Jefferson, que foi técnico do Felipe Lima, foi presidente da Federação de Natação, está há vinte anos no mercado, um jovem empreendedor… ele que vai tocar a secretaria de esporte, mas com uma equipe legal também, também que acompanhou o governador durante a campanha. Ele, junto com o professor Toninho coordenou a transição, mais o professor Manfrim, então a gente vai ter o apoio tanto do segmento cultural quanto do segmento esportivo, do Conselho Regional de Educação Física (Cref). Na Arena nós temos uma superintendência separada, nós vamos tratar a Arena de uma maneira mais delicada e mais próxima.

A nossa prioridade número um hoje é a questão da Arena Pantanal. Até porque o governador nos deu uma missão. Ele não pensa em terceirizá-la ainda. Tinha até um projeto avançado de terceirização da Arena, ele pediu pra recuar. Ele quer ficar o ano todo com a Arena, e que a gente analise e ao final do ano passe pra ele uma posição mais fidedigna. Nós não recebemos a Arena. Tem uma guerra jurídica com a Mendes Junior, ela alega que o governo está devendo a Arena, e nós alegamos que ela ficou de terminar ainda os projetos. Lá fora, por exemplo, o entorno não está pronto. O restaurante da cascata e da escada não está pronto, então eu acho que a gente precisa entrar num consenso, pra que a Arena seja entregue definitivamente pro governo, até pra que a gente possa pensar numa parceria público-privada mais pra frente.

OD – Sobre a extinção do Ministério da Cultura. Na sua opinião, isso vai prejudicar a cultura do Estado?

AK – Eu, particularmente, não vejo com bons olhos o enxugamento dessas pastas. Tanto a cultura quanto o esporte não são mais ministérios, são secretarias executivas do Ministério de Cidadania. Aqui em Mato Grosso a Secretaria de Cultura permanece Secretaria de Cultura. Isso é uma coisa importante: o CNPJ é o mesmo. A Secretaria de Esporte, que já era adjunta, continua adjunta, agora na Sec. Algumas pessoas me perguntam: a Secretaria de Cultura não é mais Secretaria de Cultura? Ao contrário. Ela é mais forte. Porque agora tem uma adjunta, que é a de esportes, que está aqui. Nós temos uma adjunta sistêmica, as superintendências, e a secretaria adjunta que é de esporte e lazer.

Mas, em nível federal, espero que os processos que já estavam em andamento, de convênio com os recursos da cultura não venha nos atrapalhar. Tem uma coisa importante que o governador Mauro nos pediu aqui, que é pra que a gente amplie as parcerias público-privadas. E uma das coisas que eu pretendo implementar nas duas secretarias, mas começando pela cultura, é uma nova lei de incentivo à cultura no Estado. Hoje nós temos uma lei de captação de recursos que é exclusivamente público. A gente faz a captação, via lei, pro fundo. A expectativa é que a gente consiga ter uma lei onde a gente possa captar inclusive no particular, e cada produtor possa fazer sua captação também a partir do nosso ‘Escritório de Gerenciamento de Projetos’.

[Nesse escritório] o produtor cultural pode utilizar, e deve utilizar isso. Então nós temos aqui a parametrização de como buscar um recurso na Lei Rouanet, como buscar um recurso direto com grande empresário, e aí a ideia é que a Secretaria de Cultura seja esse meio de interlocução. É muito mais fácil o secretário ir atrás de uma grande empresa pra apresentar um projeto do que o próprio produtor ir sozinho… [ele] acaba esbarrando na portaria, no RH.

OD – Você pensa em manter algum projeto da última gestão? Como o Vem pra Arena, ou o Prêmio de Literatura? Ou tem projetos novos?

AK – Nós não vamos manter o Vem pra Arena, inclusive a ideia é que a gente faça um ‘fique na Arena’. A ideia é que a gente abra Arena todos os dias pro esporte, pro lazer e pra cultura. O modelo do ‘Vem pra Arena’ da gestão passada era modelo de eventos… num mês tinha, outro mês não tinha… a ideia é que a gente faça algo mais perene. O Prêmio de Literatura eu vejo com bons olhos, acredito que a gente pode e deve fazer.

Aqui teve algumas ações que a gente deve dar continuidade. Como por exemplo editais de museus. Nós já estamos preparando pra abrir o primeiro museu, a ideia é que agora em fevereiro o governador reabra o Museu de Arte Sacra, que a gente faça uma reorganização do Museu Casa de Dom Aquino, que é o Museu de História Natural. A gente vai fazer uma parceria muito interessante com as duas casas: Academia Mato-Grossense de Letras e Instituto Histórico Geográfico, do qual eu faço parte.

Nós estamos trazendo a professora Bete Madureira pra compor conosco a equipe. Então a gente vai dar muita atenção nessa questão do nosso patrimônio histórico-cultural. A questão da nossa literatura… a ideia é que a gente faça isso acontecer de fato, tanto daqui pro segmento quanto do segmento pra cá.

OD – Essa parceria com a AML e o Instituto Histórico será feita de que forma? Com eventos…?

AK – Fomento. A ideia é que a gente, por exemplo, há algum tempo já os escritores da Academia Mato-Grossense de Letras têm uma reinvindicação: a reedição das obras raras. Obra de Dom Aquino, de Augusto Leverger, obras de Lenine Póvoas… há muito tempo eles estão pedindo pra que a gente possa fazer a reedição dessas obras raras. E a ideia é que a gente fomente isso através da Secretaria de Cultura. Agora, uma coisa muito importante, que precisa acontecer, é uma interlocução entre a cultura, a educação e a Casa Barão de Melgaço, com o Instituto Histórico e a AML. Definitivamente Mato Grosso precisa ter dentro de sala de aula, no ensino médio, até no ensino fundamental II, história de Mato Grosso, literatura de Mato Grosso, e geografia de Mato Grosso como conteúdos obrigatórios da sua grade curricular. Eu como venho da educação, eu milito na educação há muito tempo, e estou concluindo meu doutorado na área de cultura também, eu penso que as nossas gerações, que não tiveram isso, elas foram gerações que hoje tem dificuldade de identificação de uma rua de Cuiabá. Está passando por uma rua importante em Cuiabá, a Pedro Celestino, e não tem ideia de que foi governador várias vezes, e foi senador, e a importância de Pedro Celestino pra nós, porque falta esse conteúdo. Então, uma das reivindicações da categoria intelectual que produz história, geografia e literatura de Mato Grosso é que a nossa grade curricular passe a ter essas disciplinas também. Então a academia e o instituto vão ter papel fundamental nessa gestão.

OD – Vi que você jantou na casa do Mahon, com os artistas de Mato Grosso. Quais foram os principais anseios deles, os pedidos mais urgentes?

AK – O Mahon é um intelectual crítico da área da cultura e vai ajudar muito a gente aqui, inclusive mantendo a crítica. Acho que isso é muito importante. Ele fez um jantar lá, batizou de ‘varanda cultural’, e a ideia é que a gente faça em outras oportunidades. Eu vou ter esse diálogo aberto com a categoria. Uma das reclamações da categoria é justamente essa: a falta de acesso do primeiro gestor da cultura do governo Pedro. [Ele] falhou nesse sentido com o artista. Eu não vou ter essa dificuldade, até pela minha vocação parlamentar.

Foram alguns itens, que a gente já vinha tratando desses itens na transição, e foram reforçados agora: reeditar nossa ‘Lei de Incentivo à Cultura’, mas uma lei mais moderna, em que a gente possa ter também um fundo privado. A gente possa captar direto. A gente não burocratize tanto o acesso ao recurso pra financiamento da cultura. Então a gente vai fazer isso, já estamos estudando essa lei. Também que a gente tenha um calendário cultural, que há muito tempo não tem, e quando teve, não foi cumprido. Pra que a gente possa, nesse calendário, estipular quais são os segmentos contemplados. As artes plásticas vão ter o que de calendário oficial? As artes cênicas, o audiovisual, o edital pra cultura popular cuiabana, o Cuiabá 300 anos… então foram alguns itens que a gente recebeu com bastante alegria, e aí agora, nesse mês que estamos organizando a equipe aqui, a ideia é que a gente consolide o que nós vamos fazer.

OD –  Qual será a sua prioridade na Cultura?

AK – Nós temos várias prioridades na cultura. Nós temos as nossas secretarias aqui… Na secretaria de Políticas Culturais: os editais precisam ser novamente resgatados, e precisam ter credibilidade do segmento. É uma grana que a gente fomenta direto e os produtores culturais entram, fazem o seu edital e recebem seu dinheiro pra tocar a cultura. Então nós precisamos ter a segurança desse orçamento pra esses projetos.
Outro ponto: reabertura imediata dos museus. Já é o segundo passo, e já temos o primeiro museu a ser reaberto, que é o museu de Arte Sacra. Nós vamos reabrir com tudo que a gente pode pro público realmente voltar a frequentar o museu. A gente já está preparado, já tem recursos, já pagamos, já está OK. O Museu Casa de Dom Aquino de História Natural não parou, mas não parou porque eles foram guerreiros. Então vamos ter um olhar carinhoso pro museu Casa de Dom Aquino. Por sequência, nós vamos tratar de todos os museus. Inclusive o Memorial Rondon que está parado, então assim, a gente tem esse planejamento.

Edital de audiovisual: nós conseguimos pagar, então esse ano vai ser um ano muito legal. Os produtores de audiovisual, curta, longa, receberam a grana, e agora a ideia é que a gente produza esses audiovisuais e faça uma apresentação. E aos poucos a gente vai tocando a pauta da cultura, que é extensa e muito importante pra nós.

O que eu gostaria de falar pra sociedade: dá um crédito de confiança pra gente, pro governo Mauro. Eu não tenho dúvida que o fato de a gente estar na condição de deputado estadual nos dá uma possibilidade de abrir portas, diferente de um outro secretário. Todos os secretários escolhidos pelo Mauro são secretários importantes, que ele tem confiança. Como a gente já vem andando na vida pública, quatro anos como vereador, dois anos como deputado, nós vamos bater nas portas. A gente sabe que só recurso público não adianta. Eu preciso ter uma parceria com a Federação das Indústrias, já adiante a conversa. Eu preciso ter uma parceria com o Ministério Público, com o Tribunal de Justiça, com os grandes produtores do estado de Mato Grosso, com a Aprosoja, com a Ampa… eu acredito que nós temos condições de reverter muita coisa fazendo captação direta. Então o nosso escritório de gerenciamento de projetos vai ser um escritório que vai estar muito próximo da gente aqui. Então vai ter vida própria, nós vamos dar as metas e a gente vai buscar recursos pra que a cultura de Mato Grosso volte a ser um dos pontos principais do Estado.

Fonte: Olhar Direto