O reajuste do ICMS sobre os combustíveis, que entra oficialmente em vigor em 1º de janeiro de 2026, já começa a ser percebido pelos consumidores em Mato Grosso, com reflexos nos preços da gasolina e do diesel nas bombas. Segundo o setor, a alta não é provocada por distribuidores ou postos, mas pela atualização do imposto em nível nacional.
Mesmo antes da vigência oficial do novo Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), motoristas já relatam aumento nos preços dos combustíveis em Mato Grosso.

O reajuste do imposto, aprovado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e publicado no Diário Oficial da União (DOU), prevê alta de 6,8% no ICMS da gasolina e de 4,4% no diesel e no biodiesel, além de impacto no gás GLP, o gás de cozinha.
Este é o segundo ano consecutivo de aumento do ICMS sobre os combustíveis. Em fevereiro de 2025, o tributo já havia sido reajustado.
O presidente do Sindicato do Comércio de Combustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo), Claudyson Martins Alves, o Kaká, reforça que o aumento não tem relação com decisão das distribuidoras ou dos revendedores.
“Trata-se de uma decisão tomada no âmbito do Confaz, sobre a qual o setor não tem qualquer ingerência. Infelizmente, é o segundo ano seguido de aumento do ICMS sobre os combustíveis, uma medida que pesa no bolso do consumidor”, afirmou.
Reflexos em cadeia
Segundo o sindicato, os impactos vão além do abastecimento de veículos. O aumento no preço do diesel e do biodiesel eleva o custo do transporte de cargas, o que tende a refletir no preço dos alimentos e de outros produtos.
“O impacto não se limita às bombas. Com o diesel mais caro, o frete sobe e isso acaba refletindo no preço dos alimentos e de diversos produtos que chegam à mesa do consumidor”, completou Kaká. (Primeira Página)





