Moradores denunciam desmatamento no Carumbé

Fonte:
Reprodução/Repórter MT

Moradores da região do antigo presídio do Carumbé, em Cuiabá, denunciaram um desmatamento considerado irregular em uma área de mata próxima aos condomínios Chapada das Rosas e Chapada dos Lírios. A Prefeitura informou que o proprietário havia pedido autorização apenas para retirar 150 árvores para a formação de um aceiro, que é uma faixa de proteção contra incêndios, mas confirmou que a intervenção excedeu o permitido, atingindo inclusive área de preservação permanente (APP).

A moradora Silvana Prado, em entrevista ao Repórter MT, afirmou que a movimentação de máquinas e a derrubada de árvores preocuparam quem vive no entorno.
Procuramos vários meios de comunicação para denunciar, pois é muito triste ver uma mata tão bonita ser destruída dessa forma”, disse à reportagem.

A moradora ainda denuncia que não há qualquer placa no local informando que ali haveria obra ou autorização para intervenção.

Simplesmente as máquinas chegaram e foram fazendo isso. No feriado de segunda-feira estiveram lá sim, o dia todo. Ouvíamos máquinas no local derrubando”, relatou.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano confirmou que o desmatamento ultrapassou o que estava autorizado. Conforme nota, o proprietário da área havia solicitado uma licença especial para retirada de 150 árvores com o objetivo de formar um aceiro, faixa de proteção usada para evitar a propagação de incêndios.

No entanto, segundo o órgão, houve “degradação ambiental maior que a autorizada, incluindo uma parte de APP (Área de Proteção Permanente)”. Fiscais estiveram no local na quinta-feira (11) e lavraram um auto de infração pelo descumprimento da legislação ambiental.

A pasta determinou a imediata paralisação da retirada de vegetação e a remoção das placas de sinalização instaladas no terreno. Outros encaminhamentos já foram enviados ao Ministério Público.

O processo foi protocolado no MP no final da tarde de quinta-feira (11), evidenciando a gravidade da situação”, diz a nota.

Moradores afirmam que aguardam esclarecimentos sobre quem é o responsável pela área e qual empreendimento deve ser instalado no local. A Prefeitura não divulgou o nome do proprietário. (Repórter MT)