
A investigação que levou à prisão da estudante de Direito Lília Grazielly Correia da Silva, 20 anos, e do namorado dela, Mauro Henrique Santos Vilela, 21, revelou a existência de um grupo estruturado para aplicar golpes bancários em Tangará da Serra (a 243 km de Cuiabá), em Mato Grosso. Além de regras internas, os envolvidos mantinham um sistema de “premiação” para quem conseguisse enganar mais vítimas.
A polícia também identificou a participação do casal em um grupo dedicado ao estelionato, que possuía regras internas, punições para quem descumprisse as orientações e até premiação para integrantes que aplicassem mais golpes, um modelo de incentivo usado para ampliar o alcance das fraudes.
O casal teve a prisão mantida durante audiência de custódia realizada hoje (2), sob decisão do juiz plantonista Anderson Gomes Junqueira.
Segundo a apuração, Lília possuía contatos de diversas vítimas e administrava conversas usadas na abordagem fraudulenta. Os policiais encontraram um texto pronto que ela enviava se passando por “Liliane”, falsa gerente de uma unidade do banco Bradesco. No texto, ela se apresentava e oferecia “atendimento próximo e eficiente” para induzir vítimas a confiar e abrir links maliciosos.
As conversas apreendidas mostram tentativas de golpe em mensagens e áudios, nos quais os criminosos se apresentavam como gerentes bancários oferecendo alterações de tarifas e suporte a solicitações “urgentes”. Em seguida, enviavam links de phishing para obter dados pessoais e bancários.
Ao todo, foram apreendidos sete celulares e nove chips, além do aparelho de Mauro, onde havia mensagens arquivadas com vários números usados na aplicação dos golpes. O material indica que ele organizava os contatos e distribuía os números utilizados nas abordagens fraudulentas.
O casal permanece preso e à disposição da Justiça. (Repórter MT)







