Duas servidoras do Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca) foram assassinadas na última sexta-feira (28), dentro da unidade localizada no Maracanã, zona norte do Rio de Janeiro. O autor do crime, ex-colega de trabalho das vítimas, cometeu suicídio após os disparos.
Allane Mattos, doutora em Letras, era coordenadora da Divisão de Acompanhamento e Desenvolvimento de Ensino do Cefet, atuando nos oito campi da instituição. Formada em Pedagogia pela UFRJ e doutora em Letras pela PUC-Rio, também lecionou na UFF e na Universidade de Copenhagen. Fora da área acadêmica, destacava-se como cantora, compositora e pandeirista, participando do Grupo Quilombo Urbano.
Layse Pinheiro, psicóloga escolar desde 2017, era formada pela UERJ e pós-graduada em Gestão de Pessoas. Atuava com adolescentes e adultos, ministrava palestras e consultorias, e era reconhecida por seu engajamento social e defesa de minorias.
O autor do ataque, João Antônio Miranda Tello Ramos Gonçalves, de 47 anos, estava afastado da instituição há cerca de 60 dias por problemas psiquiátricos. Segundo investigações, ele queria retornar ao setor onde Allane trabalhava.
Em razão da tragédia, as atividades acadêmicas na unidade Maracanã estão suspensas até 5 de dezembro, período em que o Cefet decretou luto oficial. As atividades administrativas ocorrerão de forma remota.
Diversas instituições, como a Andifes e o Conif, divulgaram notas de pesar, manifestando solidariedade à comunidade acadêmica do Cefet-RJ.
Os corpos das vítimas foram levados ao Instituto Médico-Legal do Centro do Rio, onde passaram por perícia. O caso segue sob investigação da Delegacia de Homicídios. (Folha do Estado)
