O período chuvoso chegou e deixa as autoridades públicas ligadas à área da saúde em alerta devido ao risco de proliferação do Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Em Cuiabá, o plano de enfrentamento às arboviroses já está em curso e engloba visitas casa a casa, inspeções, eliminação de focos e orientações aos moradores.
A intensificação das ações acontece, conforme a Secretaria Municipal de Saúde, mesmo diante de um cenário de estabilidade dos casos das doenças.
Último boletim epidemiológico referente à semana 46 de 2025, aponta que, em relação ao mesmo período de 2024, a Capital apresentou redução de 26,1% nos casos de dengue, com 1.201 casos autóctones neste ano e incidência de 175,8 por 100 mil habitantes.
Em contrapartida, a chikungunya registrou aumento expressivo de 1.190% no acumulado do ano, o que reforça a necessidade das equipes de vigilância em atenção constante.
Até o momento, são 8.509 casos, alcançando incidência de 1.245,9 por 100 mil habitantes. Já a zika segue com baixa circulação, com dez casos notificados no ano, dos quais sete confirmados.
“Mesmo com o cenário dentro do esperado, não podemos baixar a guarda. O mosquito se prolifera muito rápido e depende exclusivamente da água parada para sobreviver”, disse a secretária municipal de Saúde, Danielle Carmona, por meio da assessoria. “Cada morador tem um papel fundamental neste combate. As equipes da Prefeitura estão atuando diariamente, mas é no cuidado dentro de casa que conseguimos reduzir de fato os riscos”, completou.
Os dados da SMS mostram ainda que, desde janeiro, foram vistoriados 945.211 imóveis e mais de 99 mil residências receberam tratamento.
Os agentes de endemias também trataram 112.524 depósitos com focos do mosquito Aedes aegypti e eliminaram outros 14.588.
O último Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), divulgado em novembro, apontou bairros em situação de risco para surto de arboviroses, identificando os locais com maior presença de criadouros e os tipos de depósitos onde foram encontradas larvas.
Com esses dados, as equipes conseguem direcionar esforços para áreas mais críticas, incluindo pontos descobertos, Pontos Estratégicos (PEs), como borracharias, ferros-velhos, cemitérios e oficinas, além de imóveis especiais, como universidades e órgãos públicos.
A secretária reforçou ainda que a vacinação contra a dengue está disponível para crianças de 10 a 14 anos e reforça a necessidade de procurar atendimento médico ao surgirem sintomas suspeitos, evitando a automedicação.
Lembra ainda que o combate ao Aedes é uma responsabilidade compartilhada e que o controle do mosquito depende da participação de todos.
Para conscientizar, a Secretaria de Saúde desenvolve a campanha “10 minutos contra o Aedes”, que incentiva cada cidadão a reservar dez minutos semanais para vistoriar sua residência ou local de trabalho, eliminando possíveis criadouros. (Diário de Cuiabá)








