O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso afirmou, na manhã desta sexta-feira (14.11), que não houve falha na estrutura da arquibancada do autódromo do Parque Novo Mato Grosso, em Cuiabá, atingida por uma forte ventania na noite anterior. Segundo o coronel Heitor Fernandes da Cruz, diretor operacional da corporação, o que provocou o tombamento da cobertura foi uma rajada de vento atípica e momentânea, responsável por fazer a estrutura “capotar” sobre veículos estacionados.
Durante a coletiva, o coronel reforçou mais de uma vez que a arquibancada não apresentou falhas. Ele explicou que o evento seguiu todos os ritos de autorização previstos em lei, incluindo projeto aprovado, Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) da empresa responsável pela montagem e vistoria estrutural realizada pelo CREA.
“A gente não tem problema nenhum com arquibancada. Seguiu todo o rito de regularização. Houve uma rajada muito forte, absolutamente diversa do padrão, que fez a capotagem da cobertura”, afirmou.
De acordo com ele, a cobertura era sustentada por telhas apoiadas em pilares metálicos fixados ao solo com pipas de ancoragem ou blocos de concreto, método comum nesse tipo de estrutura provisória.
Os veículos atingidos pela estrutura ainda não foram retirados. O coronel explicou que essa etapa depende do trabalho da organização do evento, que precisa fazer registro fotográfico para fins de seguro antes da remoção.
Público poderá retornar ao autódromo
Apesar do incidente, o Corpo de Bombeiros reforçou que o autódromo segue seguro para receber o público nesta sexta-feira, quando serão retomadas as atividades da Stock Car.
“O evento é seguro. Só vale haver evento se tiver segurança”, disse o coronel. Ele destacou que, mesmo durante a correria provocada pelo susto, não houve pisoteamento, nem colapso da arquibancada, o que, segundo ele, reforça a integridade da estrutura.
A cobertura danificada está sendo retirada ao longo do dia. A organização já havia anunciado que o evento aconteceria mesmo sem parte da estrutura, que será novamente avaliada.
Ainda não há confirmação oficial da velocidade do vento no momento do incidente, mas o Corpo de Bombeiros definiu o fenômeno como “atípico” e capaz de causar capotagem da cobertura, o que não costuma ocorrer em condições normais durante eventos esportivos. (PNB)
