Mauro diz que se facções enfrentarem a polícia ‘vão se ferrar’ e defende reação firme do Estado

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), comentou nesta quinta-feira (30) a crise de segurança pública no Rio de Janeiro, onde uma operação policial resultou em mais de 120 mortes — uma das ações mais letais já registradas no país. Apesar de lamentar o alto número de vítimas, o gestor defendeu uma resposta firme do Estado contra as facções criminosas e disse que, se grupos decidirem enfrentar as forças policiais, “vão se ferrar”.

“Se aquelas pessoas resolveram enfrentar as forças policiais, as forças policiais no Brasil inteiro estão bem preparadas. Só lamento”, afirmou o governador, reforçando que em Mato Grosso as operações têm ocorrido de forma constante e eficiente. “Aqui tivemos diversas operações grandes. Graças a Deus, ocorreram tranquilamente. Prendemos muita gente — 50, 60 pessoas em um dia — e temos operações diariamente. A mídia nem consegue noticiar tudo, porque virou rotina. E não tem confronto, mas se tiver, vai se ferrar, porque a polícia está preparada para enfrentar as reações. Quem não enfrentar será preso e entregue à Justiça.”

Mendes classificou o episódio no Rio como “atípico”, mas disse compreender a posição do governador Cláudio Castro (PL), que enfrenta o domínio de facções e milícias em várias regiões do estado.

“Ontem falei por vídeo com o governador Cláudio Castro e o parabenizei. Ele precisa reagir fortemente às facções, senão isso continua acontecendo. Aquelas pessoas não precisavam morrer, mas também não precisava as facções matarem quase 100 pessoas por dia. Todos os dias morrem em torno de 120 pessoas no Brasil, boa parte é bandido matando bandido, matando pessoas inocentes. Tem que colocar freio nas facções. Isso é o que tem que ser debatido”, defendeu.

O governador mato-grossense destacou que a reação do Estado deve ser firme, mas sem excessos. “O Estado tem que mostrar sua mão forte. Não é matando, mas também não é deixando os bandidos matarem como acontece. Estão colocando cabeças cortadas, corações arrancados todos os dias no Brasil. Isso é um absurdo”, afirmou.

Mendes encerrou dizendo que a polícia deve agir com preparo e determinação. “Se eles enfrentaram as forças policiais no Rio, levaram a pior. É assim que tem que ser. O Estado não pode recuar diante do crime organizado”. (Leiagora)

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