As forças de segurança do Rio de Janeiro informaram, no começo da tarde desta quarta-feira (29/10), que são 119 mortos na megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha contra o Comando Vermelho. Destes, quatro são policiais — dois civis e dois militares — e “115 narcoterroristas”, segundo o secretário da Polícia Civil, o delegado Felipe Curi. Esta é a operação mais letal da história do estado.
Os corpos contabilizados pelo governo do Rio são os que estão no Instituto Médico-Legal (IML). Mais cedo, o Ministério Público do Rio de Janeiro havia informado que eram 132 mortos na operação contra o CV.
Moradores do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, levaram ao menos 72 corpos para a Praça São Lucas, no interior da comunidade, na madrugada desta quarta-feira (29/10).

Segundo relatos, os cadáveres foram encontrados na área de mata localizada entre os complexos do Alemão e da Penha, onde, na terça-feira (28), foi realizada a maior e mais letal operação policial da história do estado.
De acordo com o último balanço preliminar do governo fluminense, ao menos 64 pessoas morreram na terça e 81 foram presas. Entre os mortos, há quatro policiais, sendo dois civis e dois militares.
Escalada de guerra urbana
A megaoperação, que mobilizou 2,5 mil policiais civis e militares, escancarou a intensificação do confronto entre o Estado e o Comando Vermelho (CV). Investigadores afirmam que a facção opera com poder de fogo capaz de enfrentar tropas de elite de forma prolongada e coordenada.

Pela primeira vez em uma ação dessa dimensão no Rio, criminosos utilizaram drones adaptados para lançar explosivos contra equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). A tática, segundo policiais, permitiu monitorar o deslocamento das equipes em tempo real e atingir pontos estratégicos do cerco montado pelo Estado.
No total, mais de 100 armas foram apreendidas, incluindo fuzis de guerra, grande quantidade de munição e explosivos. Também foram recolhidos rádios comunicadores e 200 kg de drogas. (Metrópoles)
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