A morte do casal de engenheiros Giovani Vinicius Curvo Silva, de 33 anos, e Priscilla Furoni, de 40 anos, em um acidente de carro, ocorreu após uma briga de trânsito. Segundo o delegado responsável pelo caso, Christian Cabral, o casal teve um desentendimento com o condutor de outro veículo e acabou capotando o carro após uma perseguição.
O acidente, que ocorreu na última sexta-feira (24), teria sido motivado por uma confusão entre Giovani e outro motorista, que também estava com sua família no carro. Após uma ultrapassagem inesperada em via preferencial, Giovani teria utilizado a buzina de forma insistente – o que irritou o outro motorista, que reagiu fazendo um gesto obsceno.
Em resposta ao ato, Giovani teria aumentado velocidade, ultrapassado e fechado o carro do modelo Chevrolet Prisma, o que gerou uma colisão entre ambos.
“O condutor do Renault Sandero [Giovani], ao ver o sinal que foi feito para ele, fica mais descontrolado, ultrapassa o condutor do Prisma e dá uma fechada nesse carro. E nesse momento que ele dá a fechada, os veículos se colidem”, explicou o delegado.
Após a batida, Giovani tentou fugir e foi perseguido pelo Prisma. Conforme o delegado, os passageiros alegaram que a perseguição foi feita na intenção de identificar Giovani para cobrar o prejuízo causado. Segundo Cabral, a reparação é avaliada entre R$ 400 e R$ 500.
A perseguição que começou no bairro Morada do Ouro foi até o CPA I, onde ocorreu o acidente. O carro perdeu o controle e capotou, atingindo um poste. O casal ficou preso às ferragens e morreu ainda no local.
A família que perseguia o casal fugiu do local sem prestar socorros e vai responder um processo criminal. Todos os três que estavam no carro, incluindo o filho de 19 anos, já foram escutados pela Delegacia de Delitos de Trânsito (Deletran) e liberados.
Omissão de família
Em entrevista, o delegado Cristian Cabral, da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran), detalhou a conduta da família (pai, mãe e filho de 19 anos) que perseguia o casal. O delegado explicou que, mesmo após tomar ciência da morte do casal e da repercussão do caso, os envolvidos optaram pela omissão.
“Não acionaram socorro, nem autoridades, nem familiares. Em nenhum momento pensaram em procurar a delegacia depois que souberam que as vítimas haviam morrido”, afirmou Cabral.
O condutor do veículo envolvido, o filho de 19 anos, teria afirmado que apenas “acreditava que a polícia um dia ia chegar até ele” e ficou aguardando. Por essa conduta, os três membros da família serão indiciados por omissão de socorro (art. 135 do Código Penal). (RD / Folha do Estado)








