Quatro magistrados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso elogiaram a iniciativa da Prefeitura de Cuiabá em patrocinar um concurso estudantil, em parceria com o Judiciário, para incentivar o combate à violência doméstica nas escolas públicas. Para entender mais do projeto “Escola Ensina, a Mulher Agradece”, clique AQUI.
A desembargadora Maria Erotides Kneip avalia que o combate ao feminicídio exige à adoção de políticas pelo poder Executivo. Neste contexto, a educação é primordial para trabalhar a consciência de gerações futuras.
“Ao elaborar redações, poesias, músicas, essas crianças estão refletindo a respeito do risco que é a violência contra a mulher. Crimes são combatidos com educação, prevenção e repressão. Estamos trabalhando a educação para não ser necessário avançar a outros níveis”, afirma.
A juíza da 2ª Vara de Violência Doméstica de Cuiabá, Ana Graziela Vaz Campos, elogiou o projeto “Escola Ensina, a Mulher Agradece”, ressaltando que se trata de uma política primária de suma importância para evitar futuras ocorrências de violência doméstica e salvar gerações futuras.
“É a oportunidade que tem de esclarecer, orientar por conduta de respeito na relação homem/mulher da mesma maneira. Caso haja alguma situação de violência dentro da casa, uma denúncia poderá ser feita a rede primária que são professores e escola. Trabalhando este nos bancos escolares, com a criança atingindo a maioridade, saberá que são erradas essas condutas violentas”, disse.
O juiz da 2ª Vara da Violência Doméstica, Marcos Terêncio Agostinho Pires, entende que cabe a educação trabalhar a consciência das futuras gerações, o que ocorre em Cuiabá.
“A escola é o melhor caminho para o combate à violência. Por mais que as forças de segurança trabalhem para identificar feminicidas, cabendo ao Judiciário às punições exemplares, o combate a esse crime exige uma mudança cultural e social. E, um trabalho feito nas escolas para chegar as casas das famílias”
A juíza Tatiana Lopes de Araújo Borges acredita que a parceria do Judiciário com a Prefeitura de Cuiabá vai colher bons resultados.
“Importantíssimo esse trabalho escolar porque as crianças vão pesquisar, irão debater a respeito da violência doméstica e enraizar a ideia da não violência. Nós teremos muitos resultados positivos”, avalia.