A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Comodoro (644 km a Oeste de Cuiabá), deflagrou, nesta segunda-feira (13), a Operação Scutum Innocentiae.
Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em aldeias indígenas do município, em ação de combate a crimes de estupro de vulnerável, envio de pornografia a menores e aliciamento de crianças e adolescentes, por meios de redes sociais.
A investigação teve início em agosto de 2025, após duas adolescentes, de 13 anos, serem encontradas abandonadas em situação de risco na BR-174, próximo a aldeias indígenas.
Durante as investigações, a equipe policial constatou que as vítimas, moradoras da área urbana de Comodoro, eram aliciadas e submetidas a atos libidinosos e abusos sexuais pelos investigados, que são indígenas.
Isso, segundo a Polícia, configurou situação de exploração sexual de menores. A análise dos aparelhos celulares das vítimas revelou conversas explícitas em redes sociais.
Os suspeitos combinavam encontros, solicitavam imagens íntimas e mantinham diálogos de teor sexual, incluindo o envio de imagens íntimas.
Essas evidências confirmaram o aliciamento e a submissão das menores a atos libidinosos.
Complementarmente, laudos psicológicos confirmaram que as vítimas, por serem menores de 14 anos, foram submetidas a abuso sexual, caracterizando o crime de estupro de vulnerável.
De acordo com o delegado Mateus Almeida Oliveira Reiners, responsável pela investigação do caso, os elementos colhidos demonstram a existência de uma rede articulada de crimes envolvendo pornografia infantil, estupro de vulnerável e aliciamento sexual.
“Esta rede envolve múltiplos adultos contra crianças em situação de vulnerabilidade, exigindo uma resposta firme e imediata do Estado para proteger as vítimas e evitar a reiteração delitiva”, afirmou o delegado.
Durante o cumprimento dos mandados, os indígenas foram conduzidos à delegacia para serem ouvidos e foram apreendidos celulares e mídias, bem como objetos que possam ajudar nas investigações.
“As ações da Operação Scutum Innocentiae visam dar continuidade às investigações, buscando identificar outros suspeitos na rede criminosa e coletar mais provas e elementos que possam levar à responsabilização criminal de todos os envolvidos nesta rede de pedofilia”, disse o delegado Mateus Reiners. (Diário de Cuiabá)