Uma mulher de 37 anos permanece internada no Hospital Regional de Peixoto de Azevedo, no norte de Mato Grosso, após apresentar sintomas compatíveis com intoxicação por metanol. Segundo informações médicas, a paciente está hospitalizada há oito dias e ainda sofre com dores de cabeça, tontura e dificuldade para se alimentar, embora tenha apresentado melhora em relação aos primeiros dias.
O quadro começou após a mulher passar mal durante um evento particular. Ela foi levada ao pronto-socorro e, nas primeiras horas de internação, apresentou piora significativa: dores abdominais intensas, alteração no equilíbrio ácido-base do sangue e queda nos níveis de potássio.
Os sintomas mais graves persistiram por quatro dias, antes de começarem a regredir. Atualmente, as dores abdominais diminuíram, mas a paciente segue em observação constante.
O caso é monitorado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), que confirmou ser a primeira suspeita de intoxicação por metanol em Mato Grosso. O exame toxicológico, que deve confirmar ou descartar a presença da substância, está previsto para ser concluído ainda nesta segunda-feira (6).
Dados gerais
O Ministério da Saúde informou que o Brasil contabiliza 209 casos em investigação de intoxicação por metanol ligados ao consumo de bebidas alcoólicas. Até o momento, 16 casos foram confirmados, sendo 14 em São Paulo e dois no Paraná. O país também registra 15 mortes, sendo duas confirmadas em São Paulo e 13 ainda sob investigação em diferentes estados.
Diante da gravidade do quadro, o governo federal iniciou a distribuição de etanol farmacêutico, considerado o antídoto para intoxicações por metanol. Na primeira remessa, 580 ampolas foram enviadas a cinco estados que solicitaram reforço nos estoques.
Fique atento
A intoxicação por metanol é classificada como emergência médica grave. Os sintomas incluem visão turva ou perda de visão, dores abdominais, náuseas, vômitos e mal-estar generalizado. Autoridades de saúde recomendam que pessoas que tenham ingerido a mesma bebida que um paciente suspeito procurem atendimento imediato para reduzir o risco de complicações fatais. (Primeira Página)
